São Paulo, terça-feira, 09 de março de 2004

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MEMÓRIA

Político segue os passos de tio e põe clã no poder

DA REPORTAGEM LOCAL

Costas não é o primeiro membro da família Kara-manlis a alcançar o cargo mais cobiçado da Grécia.
Quando ele nasceu, em 1956, seu tio, Constantine, cumpria o primeiro de seus quatro mandatos como primeiro-ministro, ainda pela União Nacional Radical, um grupo de ideais conservadores. Era o início de uma da das mais longevas carreiras públicas do país.
Os militares tomaram o poder e dissolveram os partidos em 1967. Do exílio, na França, Constantine arquitetou seu retorno. Fundou o Nova Democracia e, em 1974, tornou-se o primeiro líder democraticamente eleito após a ditadura.
Em 1980, Constantine conseguiu mais cinco anos de mandato, desta vez como presidente. Repetiu a dose em 1990 e manteve-se como principal figura do partido.
Em 1993, porém, o Pasok, sigla de orientação socialista, venceu o pleito e permaneceu hegemônico no país. O reinado acabou anteontem.
Constantine norteou os passos do sobrinho. Costas serviu à Marinha grega, cursou direito e economia. Em 1984, mudou-se para os EUA e obteve o título de PhD em história. Treze anos depois, chegou à presidência do Nova Democracia.
Mas Constantine não pôde ver o sucessor vencer o pleito de domingo com cinco pontos percentuais de vantagem sobre os socialistas e se tornar o premiê mais jovem da história da Grécia -faz 48 anos em setembro. Em abril de 1998, aos 92 anos, ele morreu de insuficiência cardíaca. (GR)


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