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MEMÓRIA
Político segue os passos de tio e põe clã no poder
DA REPORTAGEM LOCAL
Costas não é o primeiro
membro da família Kara-manlis a alcançar o cargo
mais cobiçado da Grécia.
Quando ele nasceu, em
1956, seu tio, Constantine,
cumpria o primeiro de seus
quatro mandatos como primeiro-ministro, ainda pela
União Nacional Radical, um
grupo de ideais conservadores. Era o início de uma da
das mais longevas carreiras
públicas do país.
Os militares tomaram o
poder e dissolveram os partidos em 1967. Do exílio, na
França, Constantine arquitetou seu retorno. Fundou o
Nova Democracia e, em
1974, tornou-se o primeiro
líder democraticamente eleito após a ditadura.
Em 1980, Constantine conseguiu mais cinco anos de
mandato, desta vez como
presidente. Repetiu a dose
em 1990 e manteve-se como
principal figura do partido.
Em 1993, porém, o Pasok,
sigla de orientação socialista,
venceu o pleito e permaneceu hegemônico no país. O
reinado acabou anteontem.
Constantine norteou os
passos do sobrinho. Costas
serviu à Marinha grega, cursou direito e economia. Em
1984, mudou-se para os
EUA e obteve o título de PhD
em história. Treze anos depois, chegou à presidência
do Nova Democracia.
Mas Constantine não pôde
ver o sucessor vencer o pleito de domingo com cinco
pontos percentuais de vantagem sobre os socialistas e
se tornar o premiê mais jovem da história da Grécia
-faz 48 anos em setembro.
Em abril de 1998, aos 92
anos, ele morreu de insuficiência cardíaca.
(GR)
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