São Paulo, terça-feira, 09 de março de 2004

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Roupa suja será lavada após os Jogos

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS

Do alto escalão ao baixo clero, quase ninguém no Athoc, o comitê organizador dos Jogos, acredita que a mudança de governo afetará a administração da Olimpíada.
De acordo com o chefe de imprensa, Costas Vernikos, um acordo pré-eleitoral garantiu essa espécie de imunidade. Só que ela tem hora para expirar: 29 de agosto, na cerimônia de encerramento. "No início da corrida eleitoral, o assunto chegou a entrar em pauta. Mas os candidatos viram que seria negativo para o país."
O acordo teria sido costurado por Gianna Angelopoulos Daskalaki, presidente do Athoc e quase unanimidade na Grécia. Além de tirar a Olimpíada do debate eleitoral, ela conseguiu adiar as discussões sobre orçamento e eventuais prejuízos para setembro.
A princípio, imaginou-se que a mudança de governo, se não afetasse o alto escalão, já garantido por Daskalaki, poderia provocar alterações no segundo e no terceiro escalões do comitê, onde existem diversos cargos de indicação política. Membros do Athoc ouvidos pela Folha, porém, descartaram a possibilidade. Segundo vários deles, quase todos os postos da empresa estão assegurados por rígidos contratos de serviço.
A estratégia também seria obra de Daskalaki, que manteve o Athoc longe de disputas políticas.


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