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Roupa suja será lavada após os Jogos
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS
Do alto escalão ao baixo clero,
quase ninguém no Athoc, o comitê organizador dos Jogos, acredita
que a mudança de governo afetará a administração da Olimpíada.
De acordo com o chefe de imprensa, Costas Vernikos, um
acordo pré-eleitoral garantiu essa
espécie de imunidade. Só que ela
tem hora para expirar: 29 de agosto, na cerimônia de encerramento. "No início da corrida eleitoral,
o assunto chegou a entrar em
pauta. Mas os candidatos viram
que seria negativo para o país."
O acordo teria sido costurado
por Gianna Angelopoulos Daskalaki, presidente do Athoc e quase
unanimidade na Grécia. Além de
tirar a Olimpíada do debate eleitoral, ela conseguiu adiar as discussões sobre orçamento e eventuais prejuízos para setembro.
A princípio, imaginou-se que a
mudança de governo, se não afetasse o alto escalão, já garantido
por Daskalaki, poderia provocar
alterações no segundo e no terceiro escalões do comitê, onde existem diversos cargos de indicação
política. Membros do Athoc ouvidos pela Folha, porém, descartaram a possibilidade. Segundo vários deles, quase todos os postos
da empresa estão assegurados por
rígidos contratos de serviço.
A estratégia também seria obra
de Daskalaki, que manteve o
Athoc longe de disputas políticas.
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