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AÇÃO
Lá e cá
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
Dois importantes circuitos de
surfe estão com suas etapas
de estréia em andamento. Em
Queensland, Austrália, o Quiksilver Pro abre a 31ª edição do ASP
World Championship Tour, a
principal divisão mundial, e na
praia da Ferrugem, Garopaba,
SC, ocorre o SuperSurf, o Circuito
Brasileiro, que completa 20 anos.
Na Gold Coast, a elite mundial
inaugura a temporada na qual
houve a maior renovação de toda
a história. São 11 estreantes na lista de 45 atletas, entre os quais três
brasileiros: Yuri Sodré, que na
verdade retorna após seis anos, e
Adriano "Mineirinho" de Souza e
Pedro Henrique, que entram com
o status de contar com um título
mundial na carreira.
O carioca Pedro Henrique foi
campeão do Mundial Pro Júnior
em 2000, e o paulista do Guarujá,
Mineirinho, além do título na categoria júnior, obtido aos 16 anos,
em 2004, venceu no ano passado
a divisão de acesso, o WQS, para
entrar pela porta da frente e com
tapete vermelho no WCT 2006.
No sábado anterior ao início da
etapa, em noite black-tie, Mineirinho recebeu oficialmente seu
troféu pelo título do WQS, enquanto Kelly Slater recebia das
mãos de Andy Irons, e Chelsea
Georgeson das de Sofia Mulanovitch, os troféus do WCT.
Na terça de Carnaval, com ondas de até 2 m em Snapper Rocks,
os melhores e as melhores do
mundo estavam na água. O campeonato evoluiu até o fim da semana, quando foi interrompido
aguardando melhores condições.
Ontem, com ondas pequenas na
praia vizinha de Duranbah, recomeçou. Três dos oito brasileiros
que competem no circuito continuam na prova: Raoni Monteiro,
Marcelo Nunes e Mineirinho
-além de Silvana Lima, que já
está nas quartas-de-final.
O Tour deste ano terá 12 etapas,
e a única novidade será a mexicana em Porto Escondido. E a pergunta é se teremos de novo dois
protagonistas, Slater e Irons, e 40
coadjuvantes ou se outros entrarão na luta pelo título.
Na Ferrugem, 88 surfistas (64
homens e 24 mulheres) de 12 Estados iniciaram ontem a disputa do
Brasileiro de 2006. O grupo inclui
estreantes bem cotados, como o
catarinense Jean da Silva, 19, até
veteranos com o dobro de sua
idade, caso do carioca Pedro Muller, campeão de 1989.
Mas, devido a uma nova regra
da ASP que proíbe a participação
dos atletas que disputam o Mundial em provas não sancionadas
pela entidade, alguns nomes de
peso ficarão de fora do SuperSurf
2006 (o calendário conflitante se
deve à proibição). Destaque para
Peterson Rosa, único tricampeão
nacional, e Silvana Lima, atual
campeã, que estréia no Mundial.
Neste ano, o circuito terá cinco
etapas. As próximas serão em São
Paulo, depois Bahia, terminando
em outubro no Rio. Serão distribuídos mais de R$ 700 mil em
prêmios, incluindo dois carros 0
km. Em 2000, quando a Editora
Abril assumiu o circuito nacional,
ele estava desprestigiado. A transformação para SuperSurf foi vista
com certo ceticismo e desconfiança de início, mas, após seis edições, o Brasileiro conquistou respeito e se firmou como o maior
evento regional do surfe mundial.
Lá e cá 2 - Verticalização
Em Jeffrey's Bay, África do Sul, há uma luta contra a aprovação de
uma lei que tenta ampliar para 15 andares o limite das construções. E
em Maresias, SP, a história se repete, aqui com cinco andares.
Skate - São Bernardo do Campo
Prometida para agosto de 2004, a pista do ABC deve levar mais dois
anos para ficar pronta, segundo os operários da obra. Supervisionada por George Rotatory, a expectativa é que vai valer a pena esperar.
Grom Search sub-16
No fim de semana na praia do Tombo, Guarujá, SP, será decidido o
circuito da Rip Curl para as categorias de base. As categorias mirim e
feminina dão vaga para a terceira edição do Mundial, em 2007.
E-mail sarli@trip.com.br
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