São Paulo, quinta-feira, 09 de março de 2006

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AÇÃO

Lá e cá

CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA

Dois importantes circuitos de surfe estão com suas etapas de estréia em andamento. Em Queensland, Austrália, o Quiksilver Pro abre a 31ª edição do ASP World Championship Tour, a principal divisão mundial, e na praia da Ferrugem, Garopaba, SC, ocorre o SuperSurf, o Circuito Brasileiro, que completa 20 anos.
Na Gold Coast, a elite mundial inaugura a temporada na qual houve a maior renovação de toda a história. São 11 estreantes na lista de 45 atletas, entre os quais três brasileiros: Yuri Sodré, que na verdade retorna após seis anos, e Adriano "Mineirinho" de Souza e Pedro Henrique, que entram com o status de contar com um título mundial na carreira.
O carioca Pedro Henrique foi campeão do Mundial Pro Júnior em 2000, e o paulista do Guarujá, Mineirinho, além do título na categoria júnior, obtido aos 16 anos, em 2004, venceu no ano passado a divisão de acesso, o WQS, para entrar pela porta da frente e com tapete vermelho no WCT 2006.
No sábado anterior ao início da etapa, em noite black-tie, Mineirinho recebeu oficialmente seu troféu pelo título do WQS, enquanto Kelly Slater recebia das mãos de Andy Irons, e Chelsea Georgeson das de Sofia Mulanovitch, os troféus do WCT.
Na terça de Carnaval, com ondas de até 2 m em Snapper Rocks, os melhores e as melhores do mundo estavam na água. O campeonato evoluiu até o fim da semana, quando foi interrompido aguardando melhores condições. Ontem, com ondas pequenas na praia vizinha de Duranbah, recomeçou. Três dos oito brasileiros que competem no circuito continuam na prova: Raoni Monteiro, Marcelo Nunes e Mineirinho -além de Silvana Lima, que já está nas quartas-de-final.
O Tour deste ano terá 12 etapas, e a única novidade será a mexicana em Porto Escondido. E a pergunta é se teremos de novo dois protagonistas, Slater e Irons, e 40 coadjuvantes ou se outros entrarão na luta pelo título.
Na Ferrugem, 88 surfistas (64 homens e 24 mulheres) de 12 Estados iniciaram ontem a disputa do Brasileiro de 2006. O grupo inclui estreantes bem cotados, como o catarinense Jean da Silva, 19, até veteranos com o dobro de sua idade, caso do carioca Pedro Muller, campeão de 1989.
Mas, devido a uma nova regra da ASP que proíbe a participação dos atletas que disputam o Mundial em provas não sancionadas pela entidade, alguns nomes de peso ficarão de fora do SuperSurf 2006 (o calendário conflitante se deve à proibição). Destaque para Peterson Rosa, único tricampeão nacional, e Silvana Lima, atual campeã, que estréia no Mundial.
Neste ano, o circuito terá cinco etapas. As próximas serão em São Paulo, depois Bahia, terminando em outubro no Rio. Serão distribuídos mais de R$ 700 mil em prêmios, incluindo dois carros 0 km. Em 2000, quando a Editora Abril assumiu o circuito nacional, ele estava desprestigiado. A transformação para SuperSurf foi vista com certo ceticismo e desconfiança de início, mas, após seis edições, o Brasileiro conquistou respeito e se firmou como o maior evento regional do surfe mundial.

Lá e cá 2 - Verticalização
Em Jeffrey's Bay, África do Sul, há uma luta contra a aprovação de uma lei que tenta ampliar para 15 andares o limite das construções. E em Maresias, SP, a história se repete, aqui com cinco andares.

Skate - São Bernardo do Campo
Prometida para agosto de 2004, a pista do ABC deve levar mais dois anos para ficar pronta, segundo os operários da obra. Supervisionada por George Rotatory, a expectativa é que vai valer a pena esperar.

Grom Search sub-16
No fim de semana na praia do Tombo, Guarujá, SP, será decidido o circuito da Rip Curl para as categorias de base. As categorias mirim e feminina dão vaga para a terceira edição do Mundial, em 2007.

E-mail sarli@trip.com.br


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