Com dois a mais por meio tempo, time pára no Guaratinguetá, fica longe do mata-mata, e ídolo ameaça deixar o futebol

Palmeiras 2
Guaratinguetá 2

LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Já passava da metade do segundo tempo, e o Palmeiras, àquela altura, estava fora das semifinais do Paulista-07.
Ali, na marca do pênalti, Edmundo poderia recolocar o time nos trilhos. O camisa 7, que três dias antes perdera cobrança que eliminou o time da Copa do Brasil, fez a paradinha e tocou no lado oposto ao que foi o goleiro do Guaratinguetá.
Alívio. Restavam mais de 20 minutos, o Palmeiras logo ficaria com dois a mais. E Edmundo parecia refeito do trauma.
Essa metade da etapa final bem que poderia não ter existido. O time parou, e Edmundo, 36, saiu aos prantos, ameaçando encerrar a carreira.
O Sertãozinho fez sua parte e bateu o Bragantino, como anteontem fizera o Juventus contra o Paulista. Só faltou o Palmeiras fazer a sua.
Com isso, segue fora da zona de classificação -é o quinto, com 32 pontos, atrás do time de Bragança pelo saldo de gols (tem desvantagem de seis tentos em relação ao quarto).
Agora, ao Palmeiras, resta vencer o São Bento e torcer para o Bragantino perder pontos na rodada final. Se o time do interior e o da capital vencerem, é quase certo que o alviverde seja eliminado do Paulista e fique em inatividade até 13 de maio, data da estréia no Brasileiro.
A condição dos times na tabela indicava que o Palmeiras pressionaria o Guaratinguetá.
Mas isso aconteceu com o rival, que inaugurou o placar bem cedo. Vandinho cruzou e Dinei, de cabeça, acertou o canto de Diego Cavalieri, 22 segundos depois do apito inicial.
O gol desequilibrou o Palmeiras. Desequilíbrio refletido no cartão amarelo que Edmundo levou por reclamação e o suspende do próximo jogo. Desequilíbrio ilustrado pela falta de entrosamento entre David e Nen e pelo desespero que Vandinho gerava pelas pontas.
O Palmeiras passou meia hora assistindo o Guaratinguetá, sem roubar bolas e sem acertar três passes consecutivos.
E Dinei, em um belo chute da entrada da área, castigou ainda mais os apáticos palmeirenses.
Mesmo sem fazer muito, o Palmeiras foi premiado. Valdivia, de cabeça, achou um gol.
No segundo tempo, o Palmeiras ganhou velocidade e, com o vermelho de Tobi aos 7min, passou a dominar. Mas a bola girava a frente da área do Guaratinguetá sem levar perigo.
Mas o juiz deu pênalti duvidoso sobre Valdivia, e Edmundo converteu. Então, Alex Silva -que levara o primeiro amarelo logo ao entrar em campo, após a expulsão de Tobi- trombou com Valdivia e também viu o vermelho.
Com dois a mais, o Palmeiras não criou uma chance e agora a classificação virou sonho.


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