São Paulo, segunda-feira, 09 de abril de 2007

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CIDA SANTOS

O que faz a diferença

Técnico do Osasco fez as mudanças certas, anulou as jogadas do Rio e está a um jogo do título da Superliga

FOI UM grande jogo e de grandes personagens. Mas nesta coluna vou destacar um deles: o técnico do Osasco, Luizomar de Moura. A tarefa era árdua. Vencer o Rio, o time com melhor campanha do torneio, no ginásio de Niterói, na terceira partida das finais. Cada time já tinha uma vitória. Foram duas batalhas perdidas nos dois primeiros sets. O Rio venceu por 34/32 e 27/25. Foi aí que entrou a ousadia de Luizomar. Trocou a levantadora Fabiana Berto por Fernandinha. Tirou Carol Gattaz, central da seleção, e colocou Adenízia, 20 anos e o melhor bloqueio do último Mundial juvenil. As mudanças conseguiram expor o drama do Rio. O time sofria com a agonia de sua principal atacante: Renatinha não conseguia colocar uma bola no chão. A solução, certeira nos dois primeiros sets, tinha sido concentrar o jogo nas bolas rápidas de Fabiana e Thaísa.
Com Adenízia, o Osasco marcou essas bolas. A levantadora Dani Lins foi obrigada a jogar mais pelas pontas. Com Renatinha sofrendo no ataque, Sassá e Regiane ficaram sobrecarregadas. Ficou fácil para rival ler as jogadas. Foram 33 pontos de bloqueio, marca rara no feminino. A levantadora Fernandinha também estava inspirada: deu velocidade e mais variação ao ataque. As duas ponteiras do Osasco, Paula Pequeno, 24 pontos, e Natália, 20 pontos, deram show. O time garantiu a vitória ao ganhar os três sets seguintes por 26/24, 25/19 e 15/9. Luizomar colocou as jogadoras certas, na hora certa. Mérito dele e de suas atletas. O Osasco ficou em situação confortável: precisa de uma vitória em um dos dois jogos que restam. O primeiro deles será domingo, em Barueri. A pressão agora é toda em cima do Rio.

Masculino
Florianópolis e Minas iniciam na quarta-feira a luta pelo título da Superliga masculina. Apesar de estar na final, o time mineiro vive situação nada confortável: precisa se libertar do peso de ser vice. Nas duas últimas temporadas, chegou à decisão, mas perdeu nas duas vezes. Os finalistas são os dois melhores times do torneio. Em 33 jogos, o Florianópolis só perdeu uma vez, para o Minas.
Os mineiros perderam duas vezes: para o Florianópolis, que acabou com a série invicta de 26 jogos do time, e para o Betim. O que mais impressiona no Minas é a força do ataque. O oposto Samuel é o destaque. Na segunda partida das semifinais contra a Ulbra, fez 38 pontos, o recorde de pontos em um só jogo do torneio nesta temporada.
Já o Florianópolis tem Bruninho, um levantador que dá muita velocidade às jogadas, e um saque poderoso. Mas o que deve decidir mesmo o jogo é o emocional já que há muita rivalidade entre os dois times. Quem conseguir controlar melhor os nervos fica com o título.

A ROMÁRIO DO VÔLEI
A oposta Sheila está próxima de marcar mil pontos no Italiano. Na última rodada, seu time, o Pesaro, perdeu por 3 a 0 para o Perugia, mas ela fez 12 pontos. Agora só faltam 15 para chegar ao milésimo. Sheila joga na Itália desde 2004 e tem média de 14 pontos por jogo.

ITALIANO 1
No segundo jogo de Nalbert pelo Modena, o time perdeu para o Treviso, do central Gustavo, por 3 a 0. O Cuneo, de Giba, caiu por 3 a 0 diante do Macerata, do central Rodrigão, e perdeu a ponta do torneio.

ITALIANO 2
Faltando uma rodada para o fim da primeira fase, sete times já estão nas quartas: Roma, Cuneo, Treviso, Modena, Piacenza (de Escadinha), Perugia e Trentino (de André Heller e André Nascimento).

cidasan@uol.com.br


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