São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2008

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PM deve aprovar clássico em Ribeirão

Local do segundo jogo semifinal do Paulista entre São Paulo e Palmeiras depende de aval da polícia, que avisará hoje FPF

Escolha atende a interesse do Palmeiras, que pediu apoio ao governador José Serra para tirar duelo do Morumbi, o preferido da Promotoria

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Federação Paulista de Futebol lavou as mãos, o Ministério Público também. O local do segundo jogo semifinal do Paulista entre São Paulo e Palmeiras depende da Polícia Militar.
Hoje, a corporação deve enviar um laudo à FPF sobre as condições do estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, e atestar a segurança do local para a realização da partida, dia 20.
Se isso for confirmado, vai contrariar o desejo da Promotoria, da federação e do São Paulo, que preferiam o confronto no Morumbi. Mas vai atender à vontade do Palmeiras, que pediu até a ajuda do governador José Serra, torcedor do clube, para atuar no interior.
Ontem, uma vistoria foi realizada na arena. Wagner Aparecido Barato, comandante da PM, disse que, "aparentemente, o estádio está ok".
O auxiliar técnico de Vanderlei Luxemburgo, Antônio Nei Pandolfo, acompanhou o trabalho dos policiais.
Anteontem, à Folha a polícia disse ter aprovado o estádio. "Em toda grande partida, fazemos uma vistoria rotineira, mas acredito que o estádio tem condições de receber esse jogo", disse o capitão Renato Armando Alves, do sub-comando da PM do interior.
O promotor Paulo Castilho foi à FPF ontem e entregou parecer contrário ao duelo no Santa Cruz. "Lá é difícil você dividir a torcida, o escoamento dos torcedores também é complicado, não há espaço adequado para a instalação do Jecrim (Juizado Especial Criminal) e haveria custo para o Estado para mandar homens do Batalhão de Choque para Ribeirão", explicou Castilho, justificando as razões para o seu veto.
"Mas se a PM assinar o documento avalizando e se responsabilizando pela segurança, o jogo será no Santa Cruz."
Castilho citou ainda a confusão do clássico entre são-paulinos e palmeirenses, no último dia 16, para reprovar a arena de Ribeirão. Na venda de ingressos, a Polícia teve de usar gás pimenta para dispersar tumulto na porta do estádio. No jogo, precisou impedir que as torcidas derrubassem as grades que dividiam as facções.
O promotor Sebastião Sérgio da Silveira, de Ribeirão Preto, que mandou instaurar inquérito em 2006 para analisar a situação dos estádios da cidade, disse que o Santa Cruz tem condições de receber o jogo.
No último dia 18, foi realizada a vistoria no local. Segundo um dos engenheiros, o Santa Cruz precisa de "pequenas adequações estruturais".


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