São Paulo, quinta-feira, 09 de abril de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Palmeiras muda seu estilo para vencer

Time troca característica ofensiva por marcação e catimba e conta com atuação de gala de Diego Souza contra o Sport

Sport 0
Palmeiras 2


Otavio de Souza/Folha Imagem
Keirrison, depois de complementar chute de Maurício Ramos e empurrar a bola, para as redes de Magrão, do Sport, no gol que abriu o placar na vitória do Palmeiras na Ilha do Retiro, pela Libertadores

DO ENVIADO A RECIFE

Recuado, sem medo de se defender nem de fazer catimba. Como um típico time visitante, o Palmeiras suportou a pressão do Sport e conseguiu, nos contra-ataques, deixar a Ilha do Retiro com a sonhada vitória.
O atacante Keirrison, que anotou seu 17º gol no ano (o quinto pela Libertadores), e Diego Souza, o melhor do time em campo, e o goleiro Marcos foram os responsáveis por quebrar uma escrita no Recife.
Desde o dia 17 de agosto, no 1 a 0 favorável ao Botafogo, pelo Brasileiro, a equipe pernambucana não sabia o que era deixar seu campo derrotada. O último time capaz de passar pelo Sport havia sido o Ipatinga, que fizera 3 a 0 no dia 15 de novembro, em Minas Gerais.
Quem se acostumou a ver o Palmeiras do início da temporada atacando o tempo todo e espremendo o adversário em seu campo defensivo observou um time diferente em campo.
Com Edmilson escalado no meio, mas fazendo as vezes de terceiro zagueiro, o time jogou bem fechado e só arriscava o contra-ataque na boa.
O que dificultou um pouco a estratégia pensada por Vanderlei Luxemburgo e seus pupilos foi o nervosismo do começo do confronto. Em 15min de bola rolando, a dupla de zaga formada por Danilo e Maurício Ramos já estava pendurada com um cartão amarelo cada.
A tranquilidade veio aos 24min, quando Cleiton Xavier ergueu a bola na área do Sport, Danilo desviou, Maurício Ramos deu um leve toque e Keirrison, com a bola já dentro do gol, estufou as redes. 1 a 0.
Com o meio-campo preenchido o tempo todo, sem deixar espaços para Paulo Baier e Daniel Paulista, a equipe visitante também anulou as jogadas dos dois alas da equipe pernambucana, Moacir e Dutra.
O gol também serviu para calar a Ilha do Retiro e amenizar a pressão extracampo. Com um princípio de vaias no intervalo, o Sport foi para o vestiário sem ter levado perigo à meta defendida pelo goleiro Marcos.
No segundo tempo, o panorama do confronto não foi alterado. Diego Souza, logo aos 5min, fez fila na defesa adversária, tirou do goleiro Magrão e chutou. O arqueiro se recuperou na jogada e espalmou.
O Sport tentou mudar, com Luciano Henrique e Sandro Goiano entrando nos lugares de Moacir e Daniel Paulista, respectivamente.
Para compactar ainda mais o miolo de seu time, Luxemburgo sacou Keirrison aos 19min e colocou o volante Sandro Silva. Dessa forma, Diego Souza avançou para atuar como um atacante ao lado de Ortigoza, que substituiu Willians.
Em rápido contragolpe, aos 28min, Diego Souza voltou a fintar a zaga pernambucana e, dessa vez, optou por encobrir Magrão com um belo toque.
Sob um silêncio que há tempos não pairava sob a Ilha -quebrado até com os gritos do pequeno grupo de torcedores palmeirenses presentes-, o que se viu daí em diante foi uma sequência de erros dos anfitriões. Nervoso, o time local exagerou nos passes errados.
Para completar o pesadelo dos pupilos de Nelsinho Batista, Marcos, que ontem completou seu 50º jogo pela Libertadores, estava inspirado. Em chutes de longe, com Paulo Baier e Luciano Henrique, ou cruzamentos das alas, Marcos não falhou e transmitiu segurança à equipe. (RENAN CACIOLI)


Texto Anterior: Juca Kfouri: Ressurge o alviverde imponente
Próximo Texto: Alívio: Palmeirenses comemoram triunfo fora com festa de título
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.