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Palmeiras muda seu estilo para vencer
Time troca característica ofensiva por marcação e catimba e conta com atuação de gala de Diego Souza contra o Sport
Sport 0
Palmeiras 2
Otavio de Souza/Folha Imagem
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Keirrison, depois de complementar chute de Maurício Ramos e empurrar a bola, para as redes de Magrão, do Sport, no gol que abriu o placar na vitória do Palmeiras na Ilha do Retiro, pela Libertadores
DO ENVIADO A RECIFE
Recuado, sem medo de se defender nem de fazer catimba.
Como um típico time visitante,
o Palmeiras suportou a pressão
do Sport e conseguiu, nos contra-ataques, deixar a Ilha do
Retiro com a sonhada vitória.
O atacante Keirrison, que
anotou seu 17º gol no ano (o
quinto pela Libertadores), e
Diego Souza, o melhor do time
em campo, e o goleiro Marcos
foram os responsáveis por quebrar uma escrita no Recife.
Desde o dia 17 de agosto, no 1
a 0 favorável ao Botafogo, pelo
Brasileiro, a equipe pernambucana não sabia o que era deixar
seu campo derrotada. O último
time capaz de passar pelo Sport
havia sido o Ipatinga, que fizera
3 a 0 no dia 15 de novembro, em
Minas Gerais.
Quem se acostumou a ver o
Palmeiras do início da temporada atacando o tempo todo e
espremendo o adversário em
seu campo defensivo observou
um time diferente em campo.
Com Edmilson escalado no
meio, mas fazendo as vezes de
terceiro zagueiro, o time jogou
bem fechado e só arriscava o
contra-ataque na boa.
O que dificultou um pouco a
estratégia pensada por Vanderlei Luxemburgo e seus pupilos
foi o nervosismo do começo do
confronto. Em 15min de bola
rolando, a dupla de zaga formada por Danilo e Maurício Ramos já estava pendurada com
um cartão amarelo cada.
A tranquilidade veio aos
24min, quando Cleiton Xavier
ergueu a bola na área do Sport,
Danilo desviou, Maurício Ramos deu um leve toque e Keirrison, com a bola já dentro do
gol, estufou as redes. 1 a 0.
Com o meio-campo preenchido o tempo todo, sem deixar
espaços para Paulo Baier e Daniel Paulista, a equipe visitante
também anulou as jogadas dos
dois alas da equipe pernambucana, Moacir e Dutra.
O gol também serviu para calar a Ilha do Retiro e amenizar a
pressão extracampo. Com um
princípio de vaias no intervalo,
o Sport foi para o vestiário sem
ter levado perigo à meta defendida pelo goleiro Marcos.
No segundo tempo, o panorama do confronto não foi alterado. Diego Souza, logo aos
5min, fez fila na defesa adversária, tirou do goleiro Magrão e
chutou. O arqueiro se recuperou na jogada e espalmou.
O Sport tentou mudar, com
Luciano Henrique e Sandro
Goiano entrando nos lugares
de Moacir e Daniel Paulista,
respectivamente.
Para compactar ainda mais o
miolo de seu time, Luxemburgo sacou Keirrison aos 19min e
colocou o volante Sandro Silva.
Dessa forma, Diego Souza
avançou para atuar como um
atacante ao lado de Ortigoza,
que substituiu Willians.
Em rápido contragolpe, aos
28min, Diego Souza voltou a
fintar a zaga pernambucana e,
dessa vez, optou por encobrir
Magrão com um belo toque.
Sob um silêncio que há tempos não pairava sob a Ilha
-quebrado até com os gritos do
pequeno grupo de torcedores
palmeirenses presentes-, o
que se viu daí em diante foi uma
sequência de erros dos anfitriões. Nervoso, o time local
exagerou nos passes errados.
Para completar o pesadelo
dos pupilos de Nelsinho Batista, Marcos, que ontem completou seu 50º jogo pela Libertadores, estava inspirado. Em
chutes de longe, com Paulo
Baier e Luciano Henrique, ou
cruzamentos das alas, Marcos
não falhou e transmitiu segurança à equipe.
(RENAN CACIOLI)
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