São Paulo, quinta-feira, 09 de maio de 2002

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FUTEBOL

Fora de casa e desfalcado de Anaílson, time paulista tenta bater o Peñarol, que já venceu cinco vezes a Libertadores

São Caetano joga contra tradição de rival

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Diante do Peñarol (Uruguai), um clube de muito mais tradição e que tenta resgatar o prestígio perdido nos últimos anos, o São Caetano começa hoje a disputa de uma vaga nas semifinais da Taça Libertadores da América.
Em sua segunda participação no torneio, a equipe do ABC paulista pega hoje, às 21h10, em Montevidéu, pelas quartas-de-final, um time que já conquistou cinco vezes o título da Libertadores (em 1960, 1961, 1966, 1982 e 1987), sucumbiu com o decadente futebol uruguaio e, no momento em que a seleção de seu país volta a uma Copa depois de 12 anos -a última participação do Uruguai foi em 1990, na Itália-, tenta voltar a figurar entre os melhores clubes sul-americanos.
Havia quatro anos o Peñarol não ficava nem entre as oito melhores equipes na principal competição interclubes do continente -em 1998, o time uruguaio foi eliminado nas quartas-de-final pelo Cerro Porteño (Paraguai).
Os atletas e o técnico do São Caetano dizem não se importarem com a diferença de "peso" entre as camisas dos dois times.
"É lógico que o Peñarol tem tradição, mas não temos que nos preocupar com isso", afirmou o volante Marcos Senna.
Para o meia Robert, o Peñarol não pode ser considerado favorito. "Não tem nenhum azarão. Os dois times têm méritos de ter chegado a esta fase."
Segundo o técnico Jair Picerni, seu time só será considerado grande quando conquistar um título importante, como o da Libertadores. "Só assim é que conseguiremos o reconhecimento."
Quanto ao rival ser um time tradicional -não obtém, contudo, um título de relevância internacional desde 1987-, Picerni disse não levar o fato em consideração: "Não olhamos o lado da decadência. Respeitamos a tradição, mas tentaremos ir à próxima fase".
Para o jogo de hoje, Picerni não poderá contar com o meia-atacante Anaílson. O jogador, com problemas estomacais, nem viajou com a delegação.
A ausência de Anaílson e o fato de a vaga ser decidida em São Caetano do Sul, na próxima semana, devem fazer com que o treinador modifique o esquema tático. Em vez de utilizar o 4-4-2, ou mesmo o 4-3-3 -como nas semifinais do Torneio Rio-SP, contra o Corinthians-, Picerni deve montar um time com cinco jogadores no meio-campo, deixando à frente apenas o atacante Brandão, artilheiro do São Caetano na Libertadores, com seis gols.
Com a convocação de três de seus titulares para a seleção do Uruguai, o Peñarol também jogará desfalcado. Nos lugares do goleiro Elduayen, do zagueiro Bizera e do lateral Darío Rodríguez, devem entrar, respectivamente, Berbia, Rotundo e Lima.


Com agências internacionais



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