DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário-geral da Fifa pode estar com os dias contados. Depois de ter feito uma série de denúncias contra Joseph Blatter, Michel Zen-Ruffinen corre o risco de deixar o cargo antes mesmo das eleições do dia 29.
Quem faz o alerta é Chung Mong-joon. O dirigente sul-coreano acha que o grupo de Blatter no Comitê Executivo está pronto para colocar em votação, no mais tardar no dia 28, a permanência no cargo do secretário-geral da entidade.
Como quem escolhe o ocupante do posto é o comitê -e não o presidente da Fifa-, só ele poderia tirá-lo de lá.
Tendo recuperado a maioria no comitê, Blatter estaria estudando qual procedimento tomar em relação a Zen-Ruffinen, que vem sendo bombardeado por críticas do argentino Julio Grondona. Um dos sete vice-presidentes da Fifa, o dirigente da federação argentina tem sido, ao lado de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, um dos defensores da candidatura e da gestão de Blatter.
Ainda ontem, Grondona disse que o secretário-geral não teria capacidade para comandar um grupo de escoteiros.
Mong-joon, um dos maiores opositores de Joseph Blatter, tem opinião contrária. Assim como Johansson, ele tem defendido Zen-Ruffinen.
Diz que se trata de um funcionário competente e que não pode pagar com o emprego pelo fato de estar denunciando o presidente da Fifa.
Em comunicado oficial, Zen-Ruffinen defende ampla investigação sobre a gestão Blatter e nega que tenha sido ele o responsável pelo vazamento do dossiê à imprensa suíça. "Se ela o obteve, só posso dizer que não foi por meu intermédio."