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São Paulo, sexta-feira, 09 de maio de 2003

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FUTEBOL

Após recusas que recebeu de técnicos que nem teria convidado, clube afirma que agora só presidente fará contatos

São Paulo baixa norma contra boataria

MARÍLIA RUIZ
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Para não receber mais o que considera "recusas precipitadas", o São Paulo anunciou ontem que cortou os intermediários e que a partir de agora só o presidente Marcelo Portugal Gouvêa pode fazer convites em nome do clube.
"Só o presidente faz contatos em nome do São Paulo", disse Carlos Augusto Barros e Silva, diretor de futebol são-paulino. "Conversamos internamente, mas apenas o Marcelo irá negociar diretamente, fazer proposta ou convite oficial. Até agora, que eu saiba, isso não aconteceu."
Causaram mal-estar no Morumbi as declarações de Francisco Lopes, diretor de futebol do Santos, e Emerson Leão, técnico da equipe da Vila, dizendo que o São Paulo o havia convidado para o lugar de Oswaldo de Oliveira.
O presidente Marcelo Teixeira ficou furioso com a cúpula são-paulina, a quem acusa de "falta de ética" por tentar tirar Leão do Santos com o Brasileiro e a Libertadores em andamento.
Ontem mesmo Gouvêa desmentiu a informação. Por intermédio de sua assessoria, afirmou não ter apresentado propostas nem para Leão nem para Tite, do Grêmio. "Não fiz proposta para ninguém até o momento."
Apesar de o presidente dizer que não convidou ninguém, na segunda o técnico gremista anunciou que ficaria no Sul para dirigir sua equipe na Libertadores -ontem à noite enfrentaria o Olimpia, em casa, pelas oitavas-de-final. Não estaria, portanto, disponível para assumir o São Paulo.
Na terça foi a vez de Muricy Ramalho, técnico do Inter, dizer que, apesar de satisfeito com uma suposta sondagem, não iria voltar para o clube do Morumbi. Anteontem Leão anunciou ter recusado convite do São Paulo, e ontem Dario Pereyra afirmou que suposta proposta dos paulistas não seria das mais interessantes e que seguiria no Paysandu.
"Os muitos "nãos" têm a ver com os vários ramos de frentes de trabalho. Algumas pessoas bem-intencionadas e outras mal-intencionadas fazem contatos, mas não é nada oficial. Cinco pessoas diferentes chegaram a ligar nos oferecendo o mesmo técnico", reclamou Barros e Silva.
Ao desembarcar com a delegação em São Paulo após o empate por 0 a 0 com o Goiás, pela Copa do Brasil, o diretor avisou que domingo, contra o Atlético-MG, Roberto Rojas continuará no banco como técnico interino.
"Claro que estamos aliviados [com o trabalho de Rojas, que ganhou um jogo e empatou outro como interino]. Não perder já é um alívio e nos dá tranquilidade para trabalhar."
"Não mudei de idéia depois desses resultados. Nas condições em que estamos, qualquer resultado positivo é bom", disse Rojas, que quer voltar a ser apenas treinador de goleiros. "Estou só esperando a diretoria tomar uma solução. Mas, enquanto isso, tenho que levar o trabalho adiante."
"Não há mistério levar um time para a frente. Joguei durante 20 anos e sei como lidar com os jogadores", completou o chileno.


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