São Paulo, domingo, 09 de maio de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Equipe, melhor ataque na Série B e no Paulista, bate a Ponte e faz pelo segundo jogo seguido pelo menos três gols

Palmeiras reencontra o caminho do gol

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Time tipicamente ofensivo, o Palmeiras reencontrou o caminho dos gols no Brasileiro e bateu a Ponte Preta no Parque Antarctica por 3 a 0. Com o resultado, a equipe assumiu provisoriamente a quinta posição no Nacional. Já a Ponte continua na liderança, empatada com o São Paulo, que enfrenta hoje o Coritiba.
Melhor ataque na Série B em 2003 (com 2,29 gols por jogo) e no Paulista em 2004 (2,38), a equipe começou o Brasileiro decepcionando. Marcou duas vezes apenas nas três primeiras partidas. Já ontem, pela segunda vez seguida no torneio, a equipe fez pelo menos três gols em um jogo. O time já havia goleado o Corinthians por 4 a 0 no último domingo.
Se ontem parecia difícil encarar a Ponte Preta, até então o líder invicto do campeonato, tudo ficou fácil para o Palmeiras em dois lances. Primeiro, aos 5min, quando o jogo ainda estava equilibrado. Nen aproveitou falta cobrada por Correa e marcou de cabeça. Depois, quando a Ponte perdeu Bill aos 9min. O jogador foi expulso por reclamação por Luis Cansian.
O time do Parque Antarctica, no entanto, não aproveitou a vantagem de imediato. Mesmo com um a menos, a Ponte pressionava o gol de Marcos em busca do empate. Aos 20min, o goleiro fez defesa difícil em cabeçada de Weldon e no rebote a bola tocou na mão de Nen, Os jogadores da Ponte reclamaram pênalti.
Foi mais um lance do zagueiro que despertou o Palmeiras na partida e acabou de vez com a tentativa de reação da Ponte. Aos 40min, Baiano cobrou falta da direita e Nen subiu para completar de cabeça novamente para as redes de Lauro. 2 a 0.
"Sempre fiz gols de cabeça nas equipes que passei. Hoje não fui diferente e pude ajudar o time a vencer um jogo difícil", disse Nen.
O segundo gol animou finalmente o Palmeiras, que se lançou ao ataque. Aos 43min, Baiano puxou descida em velocidade e tocou para Muñoz, que fez o terceiro batendo alto na saída de Lauro.
Depois, novamente Baiano, que recuperou a posição perdida para Daniel Martins, ameaçou o gol.
Na volta do intervalo, o que os pouco mais de 8.000 palmeirenses presentes viram foi uma Ponte Preta recuada, com Weldon isolado na frente, e preocupada quase que unicamente em evitar uma goleada maior. Já o Palmeiras dominava completamente a partida, Aos 25min, o atacante Vágner invadiu a área e bateu na rede, pelo lado de fora. Oito minutos depois, o centroavante subiu sozinho no meio da zaga e cabeceou para Lauro fazer bonita defesa.
A Ponte Preta só respondia em cobranças de falta, batidas por Marcus Vinícius e Weldon.
Apesar de insistir, o Palmeiras não conseguiu mais furar o bloqueio do time do interior. Quando a torcida já deixava o estádio, onde fazia 16 C, e tudo parecia definido, no entanto, o clima ainda esquentou e aconteceram alguns momentos de tensão. O árbitro viu agressão de Marcus Vinícius a Lúcio, que ficou caído no gramado. O jogador pontepretano foi então expulso.
Logo depois, foi a vez de Nen, o herói da partida, virar vilão. O zagueiro fez falta e recebeu o segundo amarelo. Apesar do vermelho, foi muito aplaudido em sua saída de campo. E, de resto, só deu tempo de a torcida do Palmeiras comemorar a segunda vitória.
O Palmeiras volta a campo pela Copa do Brasil, no meio de semana e visita o Santo André, no ABC. Já a Ponte só joga no próximo fim de semana e enfrenta em Campinas o Coritiba.



Texto Anterior: Equipe volta a testar retiro
Próximo Texto: Cartões tiram 2 defensores da equipe
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.