Juca Varella/Folha Imagem

Ronaldo comemora o quarto gol do Brasil sobre a seleção chinesa

O Brasil chegou à Copa como maior azarão entre as grandes potências do futebol. Só que, em duas rodadas, alcançou o melhor retrospecto entre os favoritos de sempre e virou "surpresa". A reviravolta, mais uma loucura do Mundial mais ilógico dos últimos tempos, foi possível graças à goleada por 4 a 0 sobre a China, ontem, em Seogwipo, na Coréia.
Minutos antes de a seleção entrar em campo, a Itália perdia da Croácia e engrossava a lista dos que vão para o tudo ou nada na terceira rodada, já composta por França, Argentina e Alemanha. Ao deixar o gramado, o Brasil já aparecia como favorito ao título nas casas de apostas londrinas.
Com a vitória, a seleção chegou a seis pontos, praticamente garantiu a classificação para a próxima fase e virou, ao menos nos números, o melhor time do Mundial, à frente da Espanha, que também obteve duas vitórias. A vantagem está no saldo de gols, primeiro critério de desempate.
Para assegurar a sua vaga para as oitavas-de-final, a equipe de Luiz Felipe Scolari depende apenas de um empate entre Costa Rica e Turquia, em partida às 6h de hoje. Com esse resultado, os brasileiros poderão até perder o último jogo da fase, contra a própria Costa Rica, quinta, às 3h30.
Se serviu para dar força à seleção, a goleada não significou um grande futebol. Contra o 50º país do ranking da Fifa, o primeiro adversário asiático em Copas, prevaleceu a técnica ofensiva: marcaram os "três erres" do ataque (Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho) e outro "erre", Roberto Carlos, eleito o melhor em campo. A partida ainda estabeleceu um recorde: Cafu completou 115 jogos oficiais, ultrapassando o goleiro Taffarel.
Scolari tratou de frear os ânimos. "A China é estreante, e a Turquia há anos não vinha ao Mundial. É diferente enfrentar a Croácia." Rivaldo fez coro. "Ninguém mais ganha só com o nome. Entramos preparados para tudo."



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