DOS ENVIADOS A SEOGWIPO

Eleito o melhor em campo pela Fifa no jogo contra a China, o lateral-esquerdo Roberto Carlos disse que tirou um peso das costas ao fazer seu primeiro gol em uma Copa.
Ontem, o jogador do Real Madrid quebrou um jejum de cinco anos sem marcar pela seleção brasileira. Havia balançado as redes rivais pela última vez contra a França, em 1997, pela Copa das Confederações. (FV, FM, JAB E SR)

Pergunta - O gol de hoje foi seu primeiro em Copas do Mundo. O que significa para você?
Roberto Carlos - Tirei um peso das minhas costas fazendo o gol. Fiquei mais aliviado. Mas torço para que não pare por aí. Marcar em um torneio tão importante é maravilhoso. O que mais quero agora é ligar para minha casa, falar com minha mulher, com meus filhos e ver se eles gostaram do meu gol. Imagino que, quando a bola entrou, milhões de pessoas estavam vibrando. Isso é o máximo para um jogador.

Pergunta - Como avalia a performance da seleção diante de um adversário tão frágil?
Roberto Carlos - Não acho que eles sejam ruins. O Brasil se impôs, mostrou a força que tem. A gente entrou sabendo o que tinha que fazer. Seguimos à risca a determinação do Scolari. Não ganhamos nada ainda, mas matamos dois jogos. Temos muito a melhorar.

Pergunta - Quais os pontos em que o time precisa evoluir?
Roberto Carlos - O posicionamento ofensivo, as jogadas em bola aérea. Já melhoramos em relação ao jogo com a Turquia. Mas temos três dias para corrigirmos os defeitos.

Pergunta - O que muda para você com a entrada do Ricardinho, que joga mais pela esquerda, no lugar do Juninho?
Roberto Carlos - O Ricardinho cadencia bem o jogo, é inteligente. O Juninho também é um grande jogador. A opção tem que ser do treinador.

Pergunta - É grande a possibilidade de o Brasil garantir matematicamente uma vaga nas oitavas-de-final ainda na segunda rodada. Isso fará com que o time entre mais relaxado contra a Costa Rica?
Roberto Carlos - Não, temos que continuar concentrados para fechar a fase com nove pontos e ganhar o respeito das outras seleções. Não paro de pensar que, quatro anos atrás, fui vice-campeão. Desta vez quero sair com a taça.


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