São Paulo, domingo, 09 de junho de 2002

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Juiz inventa "simulação" e pune brasileiro

DOS ENVIADOS A SEOGWIPO

O juiz sueco Anders Frisk parece ter entrado em campo ontem disposto a não cometer os mesmos erros do coreano Kim Young-joo na estréia da seleção brasileira contra a Turquia.
Ao contrário do asiático, que marcou um pênalti inexistente sobre Luizão e não puniu a simulação de contusão de Rivaldo, Frisk errou ao dar cartão amarelo para Ronaldinho por acreditar que o meia-atacante teria tentado "inventar" uma falta.
É recomendação expressa da Fifa punir simulações de atletas que possam induzir os juízes a erros. Mas aos 23min do primeiro tempo não houve teatro no lance que rendeu o amarelo do brasileiro.
Ronaldinho colocou a bola entre as pernas de Du Wei, que precisou puxar sua camisa para "matar" a jogada, bem próxima da linha da grande área.
O próprio site da Fifa refletiu a dúvida. Até os 30min de jogo, o cartão amarelo era atribuído também ao atleta chinês driblado no lance. Se fosse confirmado, Du Wei estaria fora da partida contra a Turquia no dia 13.
O erro permite que o Brasil solicite à Fifa revisão do cartão baseada nas imagens da televisão. Com dois amarelos o jogador está automaticamente suspenso da próximo compromisso.
Em outro lance na etapa inicial, o zagueiro Roque Júnior também passou pelo adversário com um drible por debaixo das pernas, na linha de fundo, e Frisk anotou falta do brasileiro sem que ele tivesse sequer encostado no chinês.
Sobrou também para o técnico Luiz Felipe Scolari, advertido pelo juiz reserva. Geralmente de temperamento explosivo, o técnico do Brasil passou ileso pelo árbitro sul-coreano.
As diferenças entre o sueco e o coreano eram visíveis não só nas marcações, mas notadamente na expressão sempre sisuda, bem diferente do sorriso permanente de Kim Young-joo no último dia 3. (FV, FM, JAB E SR)


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