São Paulo, domingo, 09 de junho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

GRUPO H/ HOJE

Time pega a Rússia atormentado pela mídia local

Japão busca 1ª vitória para afastar estresse

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
ENVIADO ESPECIAL A YOKOHAMA

No ano passado, durante a Copa das Confederações, cuja final o Japão perdeu para a França, o técnico Phillippe Troussier proibiu seus atletas de lerem jornais, assistirem a programas esportivos e acessarem a internet. Achava que as notícias veiculadas pela mídia japonesa poderiam atrapalhá-los e pressioná-los em demasia.
Agora, a história se repete. Para o confronto de hoje contra a Rússia, Troussier, 47, francês que dirige o Japão desde 1998, quer que os jogadores esqueçam a imprensa.
Ele não gostou das comparações com a Coréia, a outra anfitriã do torneio, que, ao contrário dos japoneses, estreou com vitória. E sabe que dificilmente será perdoado se o Japão não passar da primeira fase da Copa -nunca na história o país anfitrião foi eliminado na primeira fase.
Com um ponto na tabela (do empate de 2 a 2 com a Bélgica), uma derrota diante da Rússia fará com que os japoneses não dependam mais das próprias forças para se classificar. Já para os russos um triunfo hoje significa uma vaga para as oitavas-de-final.
Os problemas de Troussier e seus jogadores com a mídia pioraram após a estréia contra a Bélgica, quando um jornal publicou declarações de políticos, entre os quais o prefeito de Tóquio, criticando o trabalho do técnico e foi divulgada a notícia de que o ídolo Hidetoshi Nakata, 25, abandonaria a seleção após a Copa.
O atleta do Parma nega e diz não entender o porquê de surgirem "especulações sem procedência bem na véspera do nosso jogo mais importante do ano".
Troussier, que já anunciou que deixará o Japão após a Copa, elogiou a atuação de seu time na estréia, mas quer mudanças hoje.
Apesar de manter a escalação, ele pediu que seus jogadores deixem o "fair play" de lado e sejam mais malandros. Chegou até a mostrar um vídeo de Brasil x Turquia, quando Rivaldo simulou ter recebido uma bolada no rosto. Ele quer que seus atletas segurem os rivais pela camisa e usem os ombros, como os sul-americanos.


NA TV - Globo e Sportv, ao vivo, às 8h30



Texto Anterior: Grupo F: "Precisamos ter muita fé", afirma Verón
Próximo Texto: Perfil: Izmailov, 19, rouba a cena que deveria ser de Mostovoi, 33
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.