São Paulo, domingo, 09 de junho de 2002

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GRUPO D/ AMANHÃ

EUA e Coréia podem obter vaga às oitavas hoje, em caso de vitória

Azarões jogam por feito inédito

DO ENVIADO A SEUL

Se é a política que dominará as discussões fora de campo no duelo entre Coréia do Sul e EUA, dentro dele o que se verá é o confronto entre duas das maiores sensações da Copa do Mundo até aqui.
São dois times que fizeram barulho na estréia. Enquanto os sul-coreanos conseguiram sua primeira vitória em Mundiais ao bater a Polônia, os americanos bateram os favoritos portugueses.
Na rodada que começa na madrugada de amanhã, um dos dois pode alcançar um feito inédito -o vencedor do duelo tem chance de terminar o dia com a classificação garantida, dependendo do resultado de Portugal x Polônia, que jogam na mesma rodada.
Os sul-coreanos jamais avançaram para a segunda fase de uma Copa. E os americanos nunca conseguiram fazê-lo em uma edição fora de seu continente.
Um e outro põem em campo uma qualidade comum: o preparo físico, fundamental para alcançar as vitórias que conseguiram na primeira rodada do Mundial.
"Claramente, a força deles vem da forma física e do ritmo de jogo que impõem", diz o técnico norte-americano, Bruce Arena.
Do lado dos EUA, a aposta é no jogo aéreo do atacante Brian McBride, o melhor jogador na vitória sobre Portugal. Quem deve marcá-lo na partida em Daegu é o zagueiro Choi Jin-cheul.
"Comparados com a Polônia, cujas opções de ataque eram simples, os EUA têm variedade maior. Mas farei o melhor para competir", afirma Jin-cheul.
Em Daegu, no maior dos estádios sul-coreanos, o que certamente pesará a favor dos locais será sua torcida. Uma vantagem que os americanos dizem que poderá ter efeito contrário. "A pressão é maior neles do que em nós", afirma o atacante Moore.
O que preocupa as duas equipes da mesma forma é o calor, já que o jogo será na tarde da Coréia.
Os donos da casa podem ter dois desfalques: o meia Yoo Sang-chul e o atacante Hwang Sun-hong, que estão contundidos.
"Eles podem não jogar. Estamos nos preparando para o caso de termos de ir a campo sem os dois", afirmou o treinador da Coréia do Sul, Guus Hiddink.
Hiddink, aliás, virou um mito no país após a primeira rodada. Mas ele tenta evitar a empolgação. "Eu não gosto de falar de heroísmo. Os jogadores são sempre o mais importante." (ROBERTO DIAS)


NA TV - Globo e Sportv, ao vivo, às 3h30 de segunda



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