São Paulo, sexta-feira, 09 de junho de 2006

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Ronaldo não sai, diz Parreira

Flávio Florido/Folha Imagem
O adolescente turco Gellal Gabraz é retirado do campo após conseguir autógrafo de Ronaldinho


Bolhas no pé e febre impedem atleta de pegar ritmo, mas técnico assegura que nada disso atrapalha

Artilheiro, que apresentou estado febril e foi poupado do treino de ontem, só não joga na estréia se houver "algum problema maior"


EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
RICARDO PERRONE
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A KÖNIGSTEIN

Falta de ritmo, bolha no pé, gripe ou febre. Nenhum desses itens vai ser capaz de tirar Ronaldo do time titular da seleção brasileira na Copa-2006.
Carlos Alberto Parreira garantiu que essa lista de problemas não vai tirar o atacante do jogo com a Croácia. Isso depois de mais um capítulo dos infortúnios pelos quais vem passando o jogador do Real Madrid.
Ontem, Ronaldo não participou do festivo treino em Offenbach, com portões abertos por exigência da Fifa. O motivo foi uma febre (superior a 38C), fruto, segundo os médicos da CBF, de uma infecção nas vias aéreas superiores.
"Nada de grave ocorreu com o Ronaldo. Ele só perdeu meio tempo de um amistoso e um treino. Amanhã [hoje], ele já estará treinando. Não vai atrapalhar muita coisa", disse Parreira, confirmando que o ocorrido até agora não tem chance de pôr o atacante no banco na estréia contra a Croácia, na terça.
"A não ser que apareça algum problema maior, é evidente que ele vai começar jogando", falou o treinador, que voltou a comentar as diferenças do time com a entrada de Robinho na vaga de Adriano ou Ronaldo.
Para Parreira, falar agora sobre trocas no seu time titular é "raciocinar em cima de hipóteses". Só depois do início da Copa ele pretende, se necessário, trocar um de seus dois pesados atacantes pelo leve ex-santista.
Se demonstrou calma na hora de falar sobre a situação de Ronaldo em campo, Parreira elevou o tom de voz ao comentar se a febre do jogador poderia estar relacionada com as bolhas que o tiraram do jogo com a Nova Zelândia no intervalo.
"Estamos sendo muito transparentes. Quando foi bolha, falamos que foi bolha. Quando foi um estado febril, falamos isso também. Não tem nada demais, não tem nada além do que vocês ouviram", disse o treinador, que não garantiu uma exibição de gala na estréia contra a Croácia, mas afirmou que isso pode sim acontecer na Copa.
O médico Serafim Borges também falou que a febre não tem relação com as bolhas. Para ele, as baixas temperaturas vividas pelo time na Suíça e nos primeiros dias na Alemanha podem ser a causa.
Ronaldo passou ontem a maior parte do tempo repousando, segundo a assessoria da CBF -Parreira chegou a dizer que teria feito atividade no hotel. Pelo quarto dia seguido, ele não falou com a imprensa.
Questionado se o silêncio do jogador em meio a tantos problemas era por interferência da comissão técnica que dirige, Parreira negou de forma enfática. "Nós não proibimos ninguém de falar. Se ele quiser, pode vir aqui falar com vocês [jornalistas] a hora que quiser."
A seleção realiza hoje dois treinos. O primeiro dentro do próprio complexo onde está o hotel que abriga o time em Königstein. À tarde, faz treino com bola na Zagallo Arena. No intervalo desses dois trabalhos, os jogadores vão falar. A CBF não confirma se Ronaldo desta vez estará entre os indicados para as entrevistas.


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