São Paulo, sexta-feira, 09 de junho de 2006

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TOSTÃO

A bola vai rolar

Quem se destaca na Copa quase sempre já é consagrado ou é jovem excepcional

TENHO A impressão de que veremos nesse Mundial mais craques brilhando e melhores seleções do que em 2002. Diferentemente de outros Mundiais, em que havia apenas duas ou três seleções favoritas, há hoje, além do Brasil, principal candidato ao título, várias seleções em condições de vencer. Cito Alemanha (por jogar em casa), Inglaterra, Itália, Argentina e França. Um pouco abaixo, mas com chances, Portugal, Espanha, Holanda e Republica Tcheca. Todas essas nove seleções vão jogar com uma linha de quatro defensores. As variações são do meio para a frente. Brasil, Alemanha, Inglaterra e Republica Tcheca atuam com dois volantes, um meia de cada lado e dois atacantes. Porém os dois meias do Brasil têm muito mais qualidade ofensiva do que os outros. Essa é a principal diferença do Brasil para as outras seleções. Argentina, Itália e França vão jogar com uma linha de três no meio e mais um meia na ligação com os dois atacantes. Essas equipes dependem muito desse articulador de jogadas. A Holanda e provavelmente a Espanha, caso o técnico tenha coragem de barrar o Raúl, vão jogar com uma linha de três no meio, dois atacantes pelos lados e um centroavante. Não há o meia de ligação. Portugal também vai com dois atacantes pelos lados e um centroavante, além de dois volantes e um meia mais ofensivo (Deco). Assim como nunca uma pequena seleção ganhou uma Copa do Mundo, os jogadores que mais se destacam no Mundial são quase sempre os já consagrados, estrelas de suas equipes, ou jovens que já são excepcionais, mas que ainda não atingiram o status de grandes craques. Isso poderá acontecer durante e após o Mundial. Entre esses jovens citaria: Rooney, Robinho, Messi, Ronaldo da seleção de Portugal e alguns outros. Alemanha e Costa Rica fazem hoje o jogo inaugural. Como os rivais dos alemães são fracos (Costa Rica, Equador e Polônia), eles têm grandes chances de ganhar os três jogos, de incendiar atletas e torcedores e de passar a serem fortes candidatos ao título.

@ - tostao.folha@uol.com.br


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