São Paulo, sábado, 09 de junho de 2007

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Palmeiras tenta acordar após 6 noites de pesadelo

Equipe terá "bate-volta" de Valdivia contra líder Botafogo, no Parque Antarctica

Em uma semana, time perde invencibilidade, provoca ira em sua torcida, vê Edmundo receber gancho de 2 jogos e desperta medo de nova crise

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras precisou de 30 dias de "férias" após o Paulista e duas vitórias consecutivas no Brasileiro para ganhar status de surpresa do campeonato. Pois uma semana bastou para botar em xeque as boas impressões e deixar o clima carregado no Parque Antarctica, palco do duelo de hoje, contra o líder Botafogo. Exagero? A torcida deu mostras na derrota de domingo para o Cruzeiro (3 a 1), no estádio palmeirense, de que sua paciência não dura.
"O time não pode ser ansioso. Tem que administrar isso jogando em casa. Mesmo quando a torcida se mostra impaciente", disse o técnico Caio Júnior. Do primeiro fiasco em seus domínios, nasceram os focos de insatisfação da famosa "turma do amendoim" do Parque, o grupo de torcedores que chia ao menor sinal de revés.
O próprio comandante escutou gritos de "burro" ao substituir o volante Martinez, bem no jogo, pelo meia William. Vozes que ressoaram mais poderosas ainda contra o lateral-direito Paulo Sérgio, contratado junto ao São Caetano. As vaias que ecoavam a cada toque dele na bola lembravam os piores momentos de Lúcio, hoje no Grêmio, que deixou o clube de tanto ser criticado.
Para acirrar os ânimos da massa, a zaga da equipe, antes celebrada, entrou em pane nos três gols dos mineiros. Esses problemas, que fizeram o clube relembrar um passado recente de transtornos, começaram até antes, no clássico contra o São Paulo, em 27 de maio. Além de o time apresentar um futebol aquém do esperado, Edmundo deixou Caio Júnior "no vácuo" ao ser substituído e não estender a mão para o cumprimento do chefe.
O gesto desrespeitoso foi abafado com um pedido interno de desculpas. Do empate sem gols contra o rival veio também o último desarranjo no grupo: a suspensão, que saiu nesta semana, de dois jogos a Edmundo pela dividida com o sã-paulino Miranda -não joga hoje e, se não houver revertério no STJD, contra o Goiás.
Nos últimos dias, o clube ainda viu fracassar a vinda de Alex Mineiro, que trouxe à tona outra preocupação no clube: a escassez de atacantes. Sem Edmundo, suspenso, e Osmar e Alemão, machucados, restam Florentín e Alex Afonso, longe de serem os sonhos de consumo da diretoria. Tanto que hoje, ao lado do paraguaio, deverá entrar William, que tem características de um meia.
O volante Martinez, suspenso, está fora. Francis, uma das opções do banco, torceu o tornozelo. Wendel deverá jogar. Dininho, com uma tendinite na coxa esquerda, também não estará em campo. Edmílson retorna à equipe principal. O meia Valdivia volta ao time após disputar amistosos pela seleção chilena. Um fato positivo, mas com prazo de validade curto. Na semana que vem, o atleta junta-se mais uma vez ao time de seu país que se prepara para a Copa América.
O habilidoso camisa 10 poderá ficar até seis jogos longe do Palmeiras. "Até brinquei com ele. Disse que vou torcer por ele na Copa América, mas contra o Chile", afirmou Caio Jr.

Colaborou TONI ASSIS, da Reportagem Local


NA TV - Palmeiras x Botafogo
Sportv (menos SP e RS), às 18h10



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