São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2008

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Narigudo da BMW assusta e encanta a F-1

DA ENVIADA A MONTRÉAL

De patinho feio da F-1 à ponta do Mundial. Mas a primeira vitória de Robert Kubica na categoria representou muito mais.
O inédito triunfo da BMW, 42 GPs, colocou fim à hegemonia de Ferrari e McLaren no topo do pódio. Uma seqüência que já durava 24 corridas -desde a vitória da Renault, na China, em 2006, com Fernando Alonso.
"É incrível. Foi simplesmente fantástico ganhar pela primeira vez justamente no Canadá, onde no ano passado, todo mundo sabe o que aconteceu", afirmou Kubica, referindo-se ao grave acidente que sofreu em Montréal e que o deixou de fora da etapa seguinte, nos EUA.
"Estou muito contente pela equipe, já que crescemos juntos e também por meu país e todos os meus fãs", completou o polonês, 23, único piloto de seu país a ter alcançado a F-1.
"O ponto crucial da corrida foi quando assumi a liderança. Sabia que o Nick [Heidfeld, seu companheiro] não ia mais parar e tinha que abrir uns 20 segundos para fazer minha parada e voltar à frente dele", afirmou Kubica. "Consegui abrir 24 segundos."
Ironia do destino, sua primeira vitória ocorreu no circuito Gilles Villeneuve, pai de Jacques, a quem substituiu na BMW no meio de 2006 -primeiro ano do time.
Alto, desajeitado e narigudo, Kubica é o anti-estereótipo do piloto de F-1. Até na hora de falar o polonês é diferente. Enquanto a maioria dá entrevistas curtas e respostas rápidas, nunca parece ter pressa. Em Mônaco, há duas semanas, falou tanto na entrevista coletiva após obter o segundo lugar que gerou reclamações de assessores de outras equipes.
Ao seu jeito, porém, o piloto da BMW vem conquistando a F-1, que já o escolheu como novo "queridinho". "Temos trabalhado duro e a vitória veio antes do previsto. Mas não sei como vai ser daqui para a frente", disse.
Se não sabe como vai ser, pelo menos já sabe o que quer. "Nosso objetivo era ganhar uma corrida. Ganhamos, e estou na liderança. Agora espero que o time continue dando 100% de apoio para que a gente possa segurar esta posição até o fim." (TC)


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