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EUA usam força extra de proteção
Superesquema cerca equipe, cujo treino é aberto só por 15 minutos
FÁBIO ZANINI
ENVIADO ESPECIAL A PRETÓRIA
Do lado de fora do campo
de treinamento da seleção
dos EUA, a segurança está a
cargo da polícia sul-africana,
como ocorre com as demais
31 seleções da Copa-2010.
Mas, dentro, quem manda
são os norte-americanos.
"Organize a fila aqui",
orienta o funcionário da embaixada a um policial. É
prontamente atendido.
Três filas são formadas pelos cerca de 30 jornalistas
que foram ontem à tarde
acompanhar o treino no estádio de Pilditch, em Pretória.
A polícia faz uma primeira
checagem em bolsos, pernas
e cintura. Dois passos adiante, é a vez da checagem de
equipamentos, esta a cargo
dos norte-americanos.
Pedem que cinegrafistas
liguem suas câmeras e fotógrafos disparem suas máquinas. "Precisamos ter certeza
de que os equipamentos são
de verdade e não escondem
armas", diz um funcionário
da embaixada, polidamente.
A ameaça de um ataque
terrorista não é levada muito
a sério pelo governo sul-africano, mas a superpotência
mundial prefere não facilitar.
No sábado, a equipe estreia contra a Inglaterra. Esse
é o já famoso "jogo da Al Qaeda", referência à ameaça, feita por um suposto membro
da organização terrorista, de
atentado durante a partida.
Quatro funcionários da
embaixada, todos à paisana,
coordenavam ontem o esquema de segurança. "Pedimos para não filmarem o ônibus chegando. Questão de
segurança", diz um deles.
Dentro, são só 15 minutos
olhando o treino. Um repórter mexicano pede para usar
um banheiro. "Só quando
entrarmos, mas você terá que
usar seus 15 minutos para isso", avisa o norte-americano.
Às 15h51, nove minutos
antes do início do treino, chega o ônibus do time, cercado
por cinco motos e dois carros
da polícia sul-africana.
Na entrada do estádio, um
funcionário com pinta de
agente do FBI -óculos escuros, braços cruzados e cara
de mau- observa a procissão de jornalistas. Para passar do campo para as arquibancadas, é preciso escolta.
O procedimento todo é
"padrão", diz Neil Buethe,
porta-voz da seleção dos
EUA. "Há sempre coordenação com a polícia local e o Departamento de Estado."
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