São Paulo, quarta-feira, 09 de junho de 2010

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EUA usam força extra de proteção

Superesquema cerca equipe, cujo treino é aberto só por 15 minutos

FÁBIO ZANINI
ENVIADO ESPECIAL A PRETÓRIA

Do lado de fora do campo de treinamento da seleção dos EUA, a segurança está a cargo da polícia sul-africana, como ocorre com as demais 31 seleções da Copa-2010.
Mas, dentro, quem manda são os norte-americanos.
"Organize a fila aqui", orienta o funcionário da embaixada a um policial. É prontamente atendido.
Três filas são formadas pelos cerca de 30 jornalistas que foram ontem à tarde acompanhar o treino no estádio de Pilditch, em Pretória.
A polícia faz uma primeira checagem em bolsos, pernas e cintura. Dois passos adiante, é a vez da checagem de equipamentos, esta a cargo dos norte-americanos.
Pedem que cinegrafistas liguem suas câmeras e fotógrafos disparem suas máquinas. "Precisamos ter certeza de que os equipamentos são de verdade e não escondem armas", diz um funcionário da embaixada, polidamente.
A ameaça de um ataque terrorista não é levada muito a sério pelo governo sul-africano, mas a superpotência mundial prefere não facilitar.
No sábado, a equipe estreia contra a Inglaterra. Esse é o já famoso "jogo da Al Qaeda", referência à ameaça, feita por um suposto membro da organização terrorista, de atentado durante a partida.
Quatro funcionários da embaixada, todos à paisana, coordenavam ontem o esquema de segurança. "Pedimos para não filmarem o ônibus chegando. Questão de segurança", diz um deles.
Dentro, são só 15 minutos olhando o treino. Um repórter mexicano pede para usar um banheiro. "Só quando entrarmos, mas você terá que usar seus 15 minutos para isso", avisa o norte-americano.
Às 15h51, nove minutos antes do início do treino, chega o ônibus do time, cercado por cinco motos e dois carros da polícia sul-africana.
Na entrada do estádio, um funcionário com pinta de agente do FBI -óculos escuros, braços cruzados e cara de mau- observa a procissão de jornalistas. Para passar do campo para as arquibancadas, é preciso escolta.
O procedimento todo é "padrão", diz Neil Buethe, porta-voz da seleção dos EUA. "Há sempre coordenação com a polícia local e o Departamento de Estado."


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