Diretoria aposta na vinda do atleta para o time engrenar no Brasileiro

ROGÉRIO REZEKE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em constante turbulência desde o catastrófico adeus da temporada passada, quando teve o título do Campeonato Brasileiro nas mãos e o deixou escapar, o Palmeiras espera começar o segundo semestre longe da crise.
Para isso, a diretoria investiu cerca de 3 milhões na contratação do atacante Kleber, 26, que estava no Cruzeiro e será apresentado aos torcedores hoje, em duas cerimônias: uma pela manhã, na Academia, só para os sócios-torcedores, e outra à tarde, no Parque Antarctica, para os demais palmeirenses.
Kléber chega com a missão de acabar com a falta de gols e fazer as pazes com a torcida, como o atleta contou em entrevista para a Folha.
No Nacional, o Palmeiras marcou seis gols em nove jogos, média de 0,66 por partida, e nos últimos quatro duelos conseguiu balançar as redes apenas uma vez -no empate em 1 a 1 com o Inter.
"Sei que a pressão é grande, mas isso acontece por causa do que já fiz no time e pela situação que o Palmeiras vive. A camisa e a história do clube pesam, mas volto para buscar mais títulos."
Mesmo com as constantes cobranças dos torcedores e o momento delicado que o Palmeiras atravessa, o jogador não teve dúvida em aceitar o convite para retornar.
"Voltei para o Palmeiras porque já havia cumprido o meu ciclo no Cruzeiro e por causa da minha família. Pesou o fato de ter uma forte identificação com o time e com os torcedores e poder voltar para o clube onde fui feliz e conquistei um título."
Se em 2008 o atacante levantou a taça do Campeonato Paulista, desta vez a situação é bem diferente.
Aquele time campeão era mais estruturado e o elenco atual tem dificuldades.
"Não posso dizer se o clube precisa de reforços, pois ainda não estou no time. Mas, se a diretoria se esforçou muito na minha contratação, isso deixa claro que o clube está empenhado em fazer um time forte."
Na busca por mais conquistas no Palmeiras, Kleber diz que chega em paz, sem carregar nas costas o peso de uma saída conturbada do Cruzeiro, onde chegou a ser apontado como o culpado pela eliminação do time para o São Paulo na Libertadores.
"As portas do Cruzeiro estão abertas. O Zezé Perrella [presidente do clube] é meu padrinho de casamento. O problema é que as coisas aconteceram muito rápido e não tive tempo de me despedir da torcida como queria."


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