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FUTEBOL
RODRIGO BUENO
@RodrigoBuenoESP
rodrigo.bueno@grupofolha.com.br
Santos não mandará na Vila por culpa do Santos
A FINAL entre Peñarol e
Santos resgata a primeira
grande rivalidade internacional da Libertadores. Os
eternos gigantes fizeram o
melhor jogo da história do
nobre torneio em 1965 no
Pacaembu, palco da final
deste ano, mas o duelo entre
eles que mais mexeu com a
competição ocorreu em 62.
Após vencer por 2 a 1 no
Centenario, o Santos de Pelé
(sem Pelé) abriu as portas
da Vila Belmiro para celebrar seu primeiro título continental. A diretoria armou
enorme festa. Os ingressos
tiveram grande majoração
(a história vive se repetindo), e veio a renda recorde
de Cr$ 5.418.000,00 então.
O time uruguaio, bicampeão, queria jogar em São
Paulo para faturar mais,
não por temor do caldeirão
santista. O acordo para a
partida em Santos veio após
o aumento dos ingressos.
Treinado pelo húngaro
Bela Guttmann, o Peñarol
surpreendeu o Santos com
seu jogo e uma artimanha.
Sasía, carrasco santista nos
anos 60, pegou terra e areia
em um escanteio e jogou nos
olhos de Gilmar, o que levou
a um dos gols do visitante.
Quando o placar estava 3 a 2
para o Peñarol, a Vila virou
um dos maiores infernos da
América, algo de dar inveja
aos alçapões paraguaios.
O árbitro chileno Carlos
Robles, o mesmo do jogo de
ida, permitiu só 51 minutos
de jogo oficiais. Outros 39
foram disputados amistosamente (para a segurança do
trio de arbitragem, alvo de
garrafadas e de pressão nos
vestiários, e dos uruguaios),
quando Pagão empatou.
Sem acesso à súmula,
parte da imprensa brasileira deu o Santos como campeão no dia seguinte, o que
só viria a ocorrer num jogo
de desempate na Argentina.
O legado da batalha na
Vila foi o veto da Sul-Americana a estádios com capacidade pequena em jogos decisivos, algo que perdura
até hoje. Santos x Peñarol é
muita história. Continua.
PELA FINAL DA CHAMPIONS LEAGUE...
52%
dos homens do mundo faltariam a um encontro com a modelo Adriana Lima se o seu time tivesse chance de vencer a final.
48%
dos homens perderiam reunião importante com o chefe.
46%
dos homens deixariam de ir ao aniversário da mãe.
40%
dos brasileiros faltariam a uma consulta médica importante para ver o time jogar a decisão.
22%
dos brasileiros faltariam ao
próprio casamento (é o maior
percentual do mundo nesse
quesito, segundo a pesquisa da
OnePoll feita em abril e que
ouviu 5.638 adultos de 12
países/locais diferentes).
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