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TÊNIS
Quadrifinalista de Wimbledon é o 2º do país, que só obteve resultado igual no ano da criação do ranking, em 1973
Sá sobe 26 posições no ranking, e Brasil coloca 4 nos top 70
DA REPORTAGEM LOCAL
Os desempenhos de André Sá e
Flávio Saretta nas quadras de grama em Wimbledon fizeram o
Brasil repetir seu melhor resultado no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais).
A lista divulgada ontem pela entidade que dirige o tênis masculino apontou que o país conta com
quatro representantes entre os 70
mais bem colocados.
De acordo com dados da CBT
(Confederação Brasileira de Tênis), somente uma vez, no ano do
advento do ranking, em 1973, o
país emplacou quatro atletas entre os 70 primeiros da lista.
Ao alcançar as quartas-de-final
do mais tradicional torneio do tênis, Sá deu um salto de 26 posições no ranking e chegou à 64ª colocação, a melhor de sua carreira.
Mineiro de Belo Horizonte, Sá,
25, nunca havia conseguido passar da segunda rodada em dez
Grand Slams disputados.
Ao ficar entre os oito melhores
de Wimbledon, ele se igualou a
Armando Vieira (quadrifinalista
em 1951), Thomas Koch (1967) e
Gustavo Kuerten (1999), únicos
brasileiros a atingirem essa fase
no torneio na chave masculina.
Além de chegar ao posto de segundo melhor tenista do país, Sá
também lidera, entre os brasileiros, a Corrida dos Campeões, listagem que leva em consideração
somente os resultados da temporada, com 86 pontos.
Já Saretta, 22, em sua primeira
participação em Wimbledon, caiu
na terceira rodada, justamente
diante de Sá, subiu dois postos e
ontem apareceu na 69ª posição,
também seu melhor resultado.
Em suas duas primeiras participações no torneio, Guga não conseguiu passar da primeira rodada.
Além do tricampeão de Roland
Garros, que ocupa a 14ª colocação, o outro brasileiro que está entre os 70 melhores do ranking é
Fernando Meligeni (65º).
Guga conseguiu subir duas posições no ranking mesmo sem jogar em Wimbledon -preferiu ficar treinando em Santa Catarina.
Ele não perdeu pontos pois
também não disputou o torneio
no ano passado e foi beneficiado
pela ausência do australiano Patrick Rafter, vice-campeão em
2001 e que está afastado do circuito, e pela queda precoce do norte-americano Pete Sampras, eliminado logo na segunda rodada.
Meligeni foi o único brasileiro a
perder espaço em relação ao último levantamento. Ele não conseguiu defender os pontos conquistados com a segunda rodada do
ano passado -perdeu na estréia- e caiu cinco colocações.
O capitão do Brasil na Copa Davis, Ricardo Acioly, afirmou que o
desempenho dos brasileiros criou
""um problema legal" para ele.
""A Davis é uma competição especial e agora vou poder traçar
uma estratégia mais ampla."
O técnico declarou não achar
que terá problemas para escalar a
equipe agora que os tenistas ocupam posições tão próximas no
ranking. ""Nossa equipe nunca teve problemas com ego e não é
agora que vai ter."
O próximo confronto do Brasil
na Copa Davis será contra o Canadá, pela repescagem, de 20 a 22
de setembro, no Rio de Janeiro.
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