São Paulo, segunda-feira, 09 de julho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Americanos vêem Brasil como favorito

Ginastas citam Daiane e Diego Hypólito como estrelas; CBG afirma desconhecer jovens adversários

RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Para o Pan-2007, o Brasil desconhece os EUA, que conhecem e respeitam os brasileiros. Pouco comum nos esportes olímpicos, esse roteiro pode ser visto na ginástica. A equipe norte-americana chegou ontem ao país, com um misto de atletas de ponta com jovens estreantes. A maior força da delegação está entre as mulheres, que terão até esquema de proteção especial -não ficarão na Vila do Pan.
Isso porque a equipe é muito jovem, com duas meninas de 14 anos e três de 15. No total, são oito atletas. O maior destaque é Nastia Liukin, 17, que foi campeã mundial nas barras assimétricas e na trave em 2005 -também já foi prata no individual geral e por equipes. Entre as mais jovens, Shane Johnson é apontada como a mais promissora pela comissão técnica. "É uma equipe com combinação entre nossos tops e os juniores", contou a coordenadora técnica feminina, Martha Karolyi, mulher de Bela Karolyi, técnico que revelou Nadia Comaneci. "Temos ótimas atletas para o individual geral. Algumas estarão na Olimpíada."
Assim, a técnica espera enfrentar Daiane dos Santos até no solo. "Conheço bem ela e as outras da equipe, já nos vimos em outras competições." Suas prioridades, porém, são o ouro por equipe e, depois, o individual geral, que elege as ginastas mais completas do torneio.
"Não conheço o histórico delas. É, de certa forma, um tiro no escuro. Mas tenho certeza de que, pela tradição que eles têm e pelo grande número de ginastas que produzem, que são meninas de grande potencial", afirmou a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, Vicélia Florenzano.
Embora veja os EUA como principal rival, ela põe o Brasil como favorito a cinco ouros no Pan, principalmente nos solos masculino e feminino. O individual geral feminino, a trave e os saltos femininos também são candidatos ao lugar mais alto do pódio, segundo Vicélia.
Ginastas dos EUA concordam com essa análise. E demonstram conhecer bem, pelo menos, Diego Hypólito. "Na minha opinião, ele é o melhor do mundo no solo. Sua rotina tem movimentos bem fortes", disse o atleta David Durante, que mostrou conhecer a carreira do rival. "Ele esteve meio parado por causa de contusões." Outro ginasta, Justin Spring, também apontou Diego como "um dos quatro melhores do mundo no solo". "Conheço o restante da equipe também, embora não saiba citar os nomes aqui", admitiu ele.
No total, chegaram cinco atletas ao Brasil. Mas, ao contrário das meninas, eles ficarão na Vila Pan-Americana.


Com LUÍS FERRARI, enviado especial ao Rio


Texto Anterior: Aquáticos: Maria Lenk é aberto, mas falta cobertura
Próximo Texto: EUA chegam sem alarde e com simpatia
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.