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Americanos vêem Brasil como favorito
Ginastas citam Daiane e Diego Hypólito como estrelas; CBG afirma desconhecer jovens adversários
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Para o Pan-2007, o Brasil
desconhece os EUA, que conhecem e respeitam os brasileiros. Pouco comum nos esportes olímpicos, esse roteiro
pode ser visto na ginástica.
A equipe norte-americana
chegou ontem ao país, com um
misto de atletas de ponta com
jovens estreantes. A maior força da delegação está entre as
mulheres, que terão até esquema de proteção especial -não
ficarão na Vila do Pan.
Isso porque a equipe é muito
jovem, com duas meninas de 14
anos e três de 15. No total, são
oito atletas. O maior destaque é
Nastia Liukin, 17, que foi campeã mundial nas barras assimétricas e na trave em 2005
-também já foi prata no individual geral e por equipes. Entre
as mais jovens, Shane Johnson
é apontada como a mais promissora pela comissão técnica.
"É uma equipe com combinação entre nossos tops e os juniores", contou a coordenadora
técnica feminina, Martha Karolyi, mulher de Bela Karolyi,
técnico que revelou Nadia Comaneci. "Temos ótimas atletas
para o individual geral. Algumas estarão na Olimpíada."
Assim, a técnica espera enfrentar Daiane dos Santos até
no solo. "Conheço bem ela e as
outras da equipe, já nos vimos
em outras competições." Suas
prioridades, porém, são o ouro
por equipe e, depois, o individual geral, que elege as ginastas
mais completas do torneio.
"Não conheço o histórico delas. É, de certa forma, um tiro
no escuro. Mas tenho certeza
de que, pela tradição que eles
têm e pelo grande número de
ginastas que produzem, que são
meninas de grande potencial",
afirmou a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica,
Vicélia Florenzano.
Embora veja os EUA como
principal rival, ela põe o Brasil
como favorito a cinco ouros no
Pan, principalmente nos solos
masculino e feminino. O individual geral feminino, a trave e os
saltos femininos também são
candidatos ao lugar mais alto
do pódio, segundo Vicélia.
Ginastas dos EUA concordam com essa análise. E demonstram conhecer bem, pelo
menos, Diego Hypólito. "Na
minha opinião, ele é o melhor
do mundo no solo. Sua rotina
tem movimentos bem fortes",
disse o atleta David Durante,
que mostrou conhecer a carreira do rival. "Ele esteve meio parado por causa de contusões."
Outro ginasta, Justin Spring,
também apontou Diego como
"um dos quatro melhores do
mundo no solo". "Conheço o
restante da equipe também,
embora não saiba citar os nomes aqui", admitiu ele.
No total, chegaram cinco
atletas ao Brasil. Mas, ao contrário das meninas, eles ficarão
na Vila Pan-Americana.
Com LUÍS FERRARI, enviado especial ao Rio
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