São Paulo, quinta-feira, 09 de julho de 2009

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Fábio fecha gol, e Cruzeiro empata 1º jogo da decisão

Goleiro faz 5 defesas difíceis, e mineiros impõem primeiro tropeço ao Estudiantes em seu estádio nesta Libertadores

Estudiantes 0
Cruzeiro 0


DA REPORTAGEM LOCAL

O Cruzeiro suportou a pressão do Estudiantes e arrancou um empate por 0 a 0, ontem à noite, em La Plata, na primeira partida da final da Taça Libertadores. O título será decidido na próxima quarta-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte.
Quem vencer será o campeão e um empate leva a decisão para os pênaltis, já que na decisão não é aplicado o critério de gols marcados fora de casa.
"Tivemos algumas chances, mas o importante foi que conseguimos não levar nenhum gol", disse o meia Wagner.
O goleiro Fábio, com cinco defesas difíceis, foi de longe o melhor jogador em campo. O atacante Kléber teve a bola do jogo, mas mandou para fora.
O Estudiantes começou a partida exatamente como o Cruzeiro esperava: pressionando e provocando. Nenhuma das duas ações deu resultado.
Fábio anulou o ataque argentino com três grandes defesas no primeiro tempo. A tentativa de irritar os brasileiros tampouco surtiu algum efeito.
O Cruzeiro aguentou bem a pressão dos argentinos. O time de Adilson Batista até conseguia trocar alguns passes no campo do adversário, mas não criou nenhuma oportunidade clara para abrir o placar.
O Estudiantes se ressentia da mobilidade de Verón, que jogou no sacrifício, mais recuado. Mesmo assim, o camisa 11 foi o responsável por duas das melhores chances do time da casa.
Aos 11min, ele quase anotou em uma cobrança de falta -foi primeira defesa espetacular de Fábio. Cinco minutos depois, Fernández lançou Perez, que acertou um forte voleio de dentro da área. O goleiro salvou.
A terceira intervenção decisiva de Fábio foi no último minuto da primeira etapa. Verón pegou de primeira, de fora da área, e o camisa 1 da equipe azul voou para encaixar a bola.
O time mineiro não se refugiou no próprio campo. Mas, quando teve a bola, nunca tentou nada diferente de chutes de longe, sem qualquer perigo.
O roteiro do segundo tempo foi muito parecido. O Estudiantes teve duas ótimas chances para anotar antes dos 5min. E, de novo, esbarrou em Fábio.
O goleiro salvou a equipe mineira em um chute de Boselli e em uma cabeçada de Desábato.
O clima, que parecia tranquilo no primeiro tempo, esquentou na etapa final. Wellington Paulista e Schiavi se estranharam, discutiram, mas não foram expulsos. Verón chegou a deixar o campo com o rosto sangrando, depois de levar uma cotovelada de Ramires.
À medida que o tempo passava e o gol não saía, o jogo ficava melhor para o Cruzeiro. Num contra-ataque, aos 35min, Kléber teve a melhor chance do jogo. Livre, na marca do pênalti, o atacante mandou para fora um rebote do goleiro Andújar.
A gripe suína, grande preocupação do Cruzeiro nos dias que antecederam o jogo, foi esquecida ontem à noite.
Apenas a mascote do Estudiantes, um leão, usava a máscara, para ironizar o temor dos brasileiros. A torcida mineira foi em pequeno número para a Argentina -cerca de 200 pessoas ocuparam o espaço destinado aos visitantes.


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