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Fábio fecha gol, e Cruzeiro empata 1º jogo da decisão
Goleiro faz 5 defesas difíceis, e mineiros impõem primeiro tropeço ao Estudiantes em seu estádio nesta Libertadores
Estudiantes 0
Cruzeiro 0
DA REPORTAGEM LOCAL
O Cruzeiro suportou a pressão do Estudiantes e arrancou
um empate por 0 a 0, ontem à
noite, em La Plata, na primeira
partida da final da Taça Libertadores. O título será decidido
na próxima quarta-feira, no
Mineirão, em Belo Horizonte.
Quem vencer será o campeão
e um empate leva a decisão para os pênaltis, já que na decisão
não é aplicado o critério de gols
marcados fora de casa.
"Tivemos algumas chances,
mas o importante foi que conseguimos não levar nenhum
gol", disse o meia Wagner.
O goleiro Fábio, com cinco
defesas difíceis, foi de longe o
melhor jogador em campo. O
atacante Kléber teve a bola do
jogo, mas mandou para fora.
O Estudiantes começou a
partida exatamente como o
Cruzeiro esperava: pressionando e provocando. Nenhuma das
duas ações deu resultado.
Fábio anulou o ataque argentino com três grandes defesas
no primeiro tempo. A tentativa
de irritar os brasileiros tampouco surtiu algum efeito.
O Cruzeiro aguentou bem a
pressão dos argentinos. O time
de Adilson Batista até conseguia trocar alguns passes no
campo do adversário, mas não
criou nenhuma oportunidade
clara para abrir o placar.
O Estudiantes se ressentia da
mobilidade de Verón, que jogou no sacrifício, mais recuado.
Mesmo assim, o camisa 11 foi o
responsável por duas das melhores chances do time da casa.
Aos 11min, ele quase anotou
em uma cobrança de falta -foi
primeira defesa espetacular de
Fábio. Cinco minutos depois,
Fernández lançou Perez, que
acertou um forte voleio de dentro da área. O goleiro salvou.
A terceira intervenção decisiva de Fábio foi no último minuto da primeira etapa. Verón
pegou de primeira, de fora da
área, e o camisa 1 da equipe azul
voou para encaixar a bola.
O time mineiro não se refugiou no próprio campo. Mas,
quando teve a bola, nunca tentou nada diferente de chutes de
longe, sem qualquer perigo.
O roteiro do segundo tempo
foi muito parecido. O Estudiantes teve duas ótimas chances
para anotar antes dos 5min. E,
de novo, esbarrou em Fábio.
O goleiro salvou a equipe mineira em um chute de Boselli e
em uma cabeçada de Desábato.
O clima, que parecia tranquilo no primeiro tempo, esquentou na etapa final. Wellington
Paulista e Schiavi se estranharam, discutiram, mas não foram expulsos. Verón chegou a
deixar o campo com o rosto
sangrando, depois de levar uma
cotovelada de Ramires.
À medida que o tempo passava e o gol não saía, o jogo ficava
melhor para o Cruzeiro. Num
contra-ataque, aos 35min, Kléber teve a melhor chance do jogo. Livre, na marca do pênalti, o
atacante mandou para fora um
rebote do goleiro Andújar.
A gripe suína, grande preocupação do Cruzeiro nos dias que
antecederam o jogo, foi esquecida ontem à noite.
Apenas a mascote do Estudiantes, um leão, usava a máscara, para ironizar o temor dos
brasileiros. A torcida mineira
foi em pequeno número para a
Argentina -cerca de 200 pessoas ocuparam o espaço destinado aos visitantes.
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