RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A DURBAN

"Circulación de la pelota" é a expressão mais usada pelos espanhóis para definir seu estilo de jogo. Significa manter o controle da bola no jogo, tocá-la de pé em pé.
Nenhuma seleção faz isso tão bem quanto a Espanha, conforme mostram as estatísticas da Fifa para a Copa. Na verdade, nenhum time nem sequer se aproxima dela.
A campeã europeia dá em média 564 passes certos em uma partida. Entre os 16 times classificados para os mata-matas do Mundial, a Argentina é quem tem a segunda maior média, 459, seguida do Brasil, com 451.
Ou seja, argentinos e brasileiros deram quase cem vezes menos passes por jogo que os espanhóis. Os japoneses, por seu lado, mal ultrapassaram os 200 por partida.
"Jogamos e buscamos o cenário que mais nos favorecia. Ter a posse da bola. Nossos jogadores tiveram esse controle de forma magnífica", explicou o técnico espanhol, Vicente Del Bosque, após enfrentar a Alemanha.
De fato, a Alemanha teve dificuldade para ter a bola em seu domínio no jogo.
O alto volume de jogo espanhol deve-se a uma taxa de acerto nos passes de 81%, inalcançável para os rivais.
Não é à toa. Na lista dos dez jogadores com mais passes certos, há seis atletas que atuam pela seleção europeia. O meia Xavi é o grande destaque, com 570 toques na bola neste Mundial. Quase todas as jogadas passam pelo camisa 8 da Fúria.
Com o domínio do jogo, os espanhóis chutam mais a gol do que outras seleções e sofrem menos para perseguir adversários na marcação.
A Espanha é apenas a terceira que mais correu entre as quatro semifinalistas, à frente da Holanda. Mas é a seleção que maior distância percorreu com a Jabulani.


Texto Anterior: Inglês Howard Webb apitará a decisão
Próximo Texto: Dores podem tirar Klose do último jogo
Índice