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Tetra teve "vôo da muamba'
da Reportagem Local
Um escândalo de sonegação de
impostos envolvendo a seleção
brasileira e a diretoria da CBF,
com a conivência do governo federal, marcou o desembarque do
time nacional no Brasil após a
conquista do tetracampeonato
mundial, em 1994, nos EUA.
As bagagens e compras feitas
nos EUA pela delegação brasileira
passaram pela alfândega do Aeroporto Internacional do Rio sem
pagar imposto de importação.
o "vôo da muamba", como o caso ficou conhecido, teve a aprovação do então ministro da Fazenda, Rubens Ricupero.
A Receita Federal deixou de arrecadar pelo menos US$ 1 milhão
em impostos. O cálculo levou em
conta o volume da bagagem -17
toneladas- e as listas de compras
dos atletas. Na viagem de ida para
os EUA, a bagagem da seleção pesara duas toneladas.
O presidente da CBF, Ricardo
Teixeira, pressionou os fiscais da
Receita e obteve a liberação. A intervenção de Ricupero aconteceu
depois que Teixeira telefonou para o então ministro da Casa Civil,
Henrique Hargreaves.
Diante dos funcionários da Receita, Teixeira ameaçou devolver
as medalhas de condecoração que
os jogadores haviam recebido do
então presidente Itamar Franco.
O secretário da Receita Federal
à época, Osiris Lopes Filho, que
orientara os funcionários da alfândega a realizar a fiscalização de
praxe (que prevê a taxação de valores que ultrapassem US$ 500),
se demitiu por conta do episódio.
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