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Ex-refugiado, sudanês quer ser inspiração a crianças
DO ENVIADO A PEQUIM
Independentemente do resultado na Olimpíada, o corredor Lopez Lomong, 23, considera-se um vencedor.
O sudanês e norte-americano, sobrevivente de Darfur e
que foi o porta-bandeira dos
EUA na festa de abertura, afirma que quer servir de exemplo
às crianças do país de origem.
"Espero que a minha presença aqui sirva de inspiração aos
garotos que estão vendo os Jogos pela TV", disse Lomong.
O corredor, membro da ONG
Team Darfur, foi seqüestrado
aos seis anos por milícias árabes janjaweed que queriam
prepará-lo para ser soldado.
Sua sorte mudou quando três
amigos o levaram em fuga até a
fronteira do Quênia. Com condições precárias, o grupo correu por três dias até ficar seguro. "Eles foram os meus anjos.
Ali começou a minha corrida
pela vida", rememorou.
O garoto viveu por dez anos
em um campo de refugiados até
ser adotado por uma família
norte-americana em 2001.
O desembarque em Nova
York foi assustador. Estranhou
as comodidades e o tamanho da
cidade. Chegou a guardar um
sanduíche do McDonald's com
medo de passar fome depois e
dormiu um dia com a luz acesa
por não saber apagá-la.
Naturalizado em 2007, Lomong se classificou para a
Olimpíada nas seletivas dos
EUA, em julho. "Os sonhos podem estar próximos ou distantes. Você tem que enfrentar os
obstáculos que surgem."
(ALF)
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