São Paulo, sábado, 09 de agosto de 2008

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Ex-refugiado, sudanês quer ser inspiração a crianças

DO ENVIADO A PEQUIM

Independentemente do resultado na Olimpíada, o corredor Lopez Lomong, 23, considera-se um vencedor.
O sudanês e norte-americano, sobrevivente de Darfur e que foi o porta-bandeira dos EUA na festa de abertura, afirma que quer servir de exemplo às crianças do país de origem.
"Espero que a minha presença aqui sirva de inspiração aos garotos que estão vendo os Jogos pela TV", disse Lomong.
O corredor, membro da ONG Team Darfur, foi seqüestrado aos seis anos por milícias árabes janjaweed que queriam prepará-lo para ser soldado.
Sua sorte mudou quando três amigos o levaram em fuga até a fronteira do Quênia. Com condições precárias, o grupo correu por três dias até ficar seguro. "Eles foram os meus anjos. Ali começou a minha corrida pela vida", rememorou.
O garoto viveu por dez anos em um campo de refugiados até ser adotado por uma família norte-americana em 2001.
O desembarque em Nova York foi assustador. Estranhou as comodidades e o tamanho da cidade. Chegou a guardar um sanduíche do McDonald's com medo de passar fome depois e dormiu um dia com a luz acesa por não saber apagá-la.
Naturalizado em 2007, Lomong se classificou para a Olimpíada nas seletivas dos EUA, em julho. "Os sonhos podem estar próximos ou distantes. Você tem que enfrentar os obstáculos que surgem."
(ALF)



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