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Pole tem sabor de vitória para Alonso
Espanhol da McLaren larga na frente pela 2ª vez no ano e diz que a partir de GP da Itália, hoje, toda corrida é decisiva
Feito de Fernando Alonso deixa Lewis Hamilton, líder da F-1 e concorrente ao título, em 2º lugar no grid, seguido por Felipe Massa
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A MONZA
A vibração de Fernando
Alonso no cockpit de seu
McLaren ao fazer a pole para o
GP da Itália, ontem, mais parecia com a festa de uma vitória.
Sob vários aspectos, porém,
não deixava de ser. Com uma
volta em 1min21s997, o bicampeão conseguiu apenas sua segunda pole da temporada. Até
então, era o único dos quatro
primeiros do Mundial que havia saído só uma vez na ponta.
"Finalmente", disse Alonso,
já não tão eufórico na hora das
entrevistas. "Faz tempo que
vou bem na classificação, mas
sempre chegava na terceira
parte [a que define os dez primeiros do grid] e ou tinha problemas ou não ia bem", completou ele, que em 2006 largou
seis vezes na frente -quatro
delas resultaram em vitórias.
Neste ano, na única vez que
saiu em primeiro, triunfou. Foi
em Mônaco. Mas a festa ainda
tinha outros motivos. Com a
pole, deixou seu parceiro de time e líder da F-1, Lewis Hamilton, em segundo -Felipe Massa larga no terceiro posto.
E, mesmo que indiretamente, o resultado foi uma espécie
de vingança contra sua própria
equipe, da qual reclama estar
favorecendo o novato inglês.
Além disso, o clima na McLaren ficou pior depois que Alonso teve de entregar à FIA e-mails que podem incriminar o
time no escândalo de espionagem. Algo que ele admitiu ter
feito após exigência da entidade que comanda o esporte.
Ontem, a polícia italiana visitou o motorhome da McLaren
para informar a oito membros
do time, entre eles Ron Dennis,
que estão sendo investigados.
O terceiro lugar na Turquia, e
o quinto de Hamilton devolveram motivação a Alonso.
"Tive duas semanas para me
concentrar e tive sorte de me
aproximar dele. Estou cinco
pontos atrás e largo na pole. As
próximas cinco corridas serão
como finais. E não haverá uma
grama em mim que não tentará
vencer", afirmou o espanhol.
"Desde sexta encaro este fim
de semana como se estivesse no
Brasil [que recebe a última etapa do Mundial]. E, a partir de
agora, vai ser assim até o final."
O fato de a corrida ser na Itália, casa da Ferrari, ainda faz do
espanhol ainda mais disposto a
ganhar. "Vencer aqui em Monza seria muito especial", disse.
"Mas mas do que isso, o que
eu queria mesmo era vencer este campeonato tão controverso. Significaria muito mais para
mim do que o título do ano passado, quando estava disputando com o [Michael] Schumacher", completou Alonso.
E fez questão de ressaltar,
porém, que nada está ganho
ainda. "Fui mais rápido nos
treinos, na classificação, mas o
que importa de verdade é a corrida. O fim de semana foi perfeito até aqui, mas se não fizer
pontos, tudo isso foi em vão."
NA TV - GP da Itália Globo, ao vivo, às 9h
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