São Paulo, domingo, 09 de setembro de 2007

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Pole tem sabor de vitória para Alonso

Espanhol da McLaren larga na frente pela 2ª vez no ano e diz que a partir de GP da Itália, hoje, toda corrida é decisiva

Feito de Fernando Alonso deixa Lewis Hamilton, líder da F-1 e concorrente ao título, em 2º lugar no grid, seguido por Felipe Massa

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A MONZA

A vibração de Fernando Alonso no cockpit de seu McLaren ao fazer a pole para o GP da Itália, ontem, mais parecia com a festa de uma vitória.
Sob vários aspectos, porém, não deixava de ser. Com uma volta em 1min21s997, o bicampeão conseguiu apenas sua segunda pole da temporada. Até então, era o único dos quatro primeiros do Mundial que havia saído só uma vez na ponta.
"Finalmente", disse Alonso, já não tão eufórico na hora das entrevistas. "Faz tempo que vou bem na classificação, mas sempre chegava na terceira parte [a que define os dez primeiros do grid] e ou tinha problemas ou não ia bem", completou ele, que em 2006 largou seis vezes na frente -quatro delas resultaram em vitórias.
Neste ano, na única vez que saiu em primeiro, triunfou. Foi em Mônaco. Mas a festa ainda tinha outros motivos. Com a pole, deixou seu parceiro de time e líder da F-1, Lewis Hamilton, em segundo -Felipe Massa larga no terceiro posto.
E, mesmo que indiretamente, o resultado foi uma espécie de vingança contra sua própria equipe, da qual reclama estar favorecendo o novato inglês.
Além disso, o clima na McLaren ficou pior depois que Alonso teve de entregar à FIA e-mails que podem incriminar o time no escândalo de espionagem. Algo que ele admitiu ter feito após exigência da entidade que comanda o esporte.
Ontem, a polícia italiana visitou o motorhome da McLaren para informar a oito membros do time, entre eles Ron Dennis, que estão sendo investigados.
O terceiro lugar na Turquia, e o quinto de Hamilton devolveram motivação a Alonso.
"Tive duas semanas para me concentrar e tive sorte de me aproximar dele. Estou cinco pontos atrás e largo na pole. As próximas cinco corridas serão como finais. E não haverá uma grama em mim que não tentará vencer", afirmou o espanhol.
"Desde sexta encaro este fim de semana como se estivesse no Brasil [que recebe a última etapa do Mundial]. E, a partir de agora, vai ser assim até o final."
O fato de a corrida ser na Itália, casa da Ferrari, ainda faz do espanhol ainda mais disposto a ganhar. "Vencer aqui em Monza seria muito especial", disse.
"Mas mas do que isso, o que eu queria mesmo era vencer este campeonato tão controverso. Significaria muito mais para mim do que o título do ano passado, quando estava disputando com o [Michael] Schumacher", completou Alonso.
E fez questão de ressaltar, porém, que nada está ganho ainda. "Fui mais rápido nos treinos, na classificação, mas o que importa de verdade é a corrida. O fim de semana foi perfeito até aqui, mas se não fizer pontos, tudo isso foi em vão."


NA TV - GP da Itália Globo, ao vivo, às 9h

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