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COB tenta acabar com "síndrome de amarelão" do Brasil
OLIMPÍADA
Comitê aconselha entidades a incorporar psicólogo para seus atletas
FELIPE CARUSO
DO RIO
Para alcançar o objetivo de
ficar entre os dez primeiros
na Olimpíada do Rio-2016 e
evitar "amareladas" dos atletas já em Londres-2012, o Comitê Olímpico Brasileiro
(COB) organizou no Rio o Seminário Internacional de Psicologia do Esporte.
Nas palestras realizadas
na sede do COB, entidades
foram incentivadas a incluir
em suas comissões técnicas
um psicólogo esportivo.
A dupla hexacampeã do
Circuito Mundial de vôlei de
praia feminino, Adriana Behar e Shelda, falou sobre as
medalhas de prata em Atenas-2004 e, principalmente,
em Sidney-2000, quando
eram as favoritas ao ouro.
"Até hoje não sei o que
aconteceu. É uma pergunta
que vou me fazer no resto da
minha vida", diz Shelda.
Para Adriana, a falta de
um psicólogo pode ter prejudicado a busca do ouro.
"A psicologia do esporte
passou 30 anos estudando os
chamados perfis tipos, como
o do "vencedor" e do "amarelão". Nessa abordagem, os resultados foram medíocres e
instáveis", diz Guilherme Pineschi, psicólogo do COB.
Hoje, a metodologia dos
profissionais trabalha com
quatro objetivos: desempenho, bem-estar psicológico,
educação e formação, especialmente na base.
O trabalho na base feminina de vôlei levou Samia Hallage a ajudar José Roberto
Guimarães a levar a seleção a
superar a traumática derrota
para a Rússia em Atenas-2004, após estar vencendo o
terceiro set por 24 a 19, e a ganhar o ouro em Pequim.
"Para 2008, tivemos todo
um ciclo olímpico, desde
2004. Em Atenas, o José Roberto tinha assumido a seleção em dezembro de 2003",
declarou Hallage.
A Confederação Brasileira
de Atletismo (CBAt) diz que
pretende reforçar a necessidade de apoio psicológico
para seus atletas de elite.
"O atletismo é muito complexo. A cabeça de um maratonista é muito diferente da
do cara que lança o martelo",
afirmou Ricardo D'Angelo,
treinador nacional da CBAt.
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