DA REPORTAGEM LOCAL

O paulistano não condena o mata-mata, mas o desinteresse do torcedor da cidade pelo Brasileiro-03 fica evidente na bilheteria de Corinthians e São Paulo.
Os dois clubes estão entre os principais responsáveis pelo fracasso de público da competição -a média final do certame deve ficar por volta dos 10 mil pagantes por partida, número que, se confirmado, será o segundo pior das 33 edições já realizadas até agora.
Com uma campanha medíocre, o time do Parque São Jorge reúne, em média, 9.824 pagantes por confronto que hospedou.
No ano passado, computando somente a primeira fase, conseguiu quase o dobro disso -16.483 fãs por partida. Somando também os mata-matas, o Corinthians teve uma média que bateu quase nos 25 mil ingressos comercializados por jogo.
A fuga dos corintianos do estádio vem se acentuando nas últimas semanas. No último jogo que fez no Pacaembu, contra o Atlético-PR, o clube conseguiu vender apenas 3.874 entradas, seu recorde negativo na temporada.
Com os são-paulinos, acontece fenômeno semelhante.
Mesmo com a equipe tendo fortes chances de enfim voltar à Libertadores, o clube ostenta uma média de 11 mil torcedores por partida no Morumbi.
Em 2002, o São Paulo foi o melhor clube paulista em termos de bilheteria caseira na primeira fase, com quase 19 mil ingressos vendidos por partida.
Com dois de seus clubes mais populares em baixa na bilheteria, o Estado de São Paulo faz feio.
Pelo último balanço da CBF, nenhuma outra unidade da federação despreza tanto o Nacional de pontos corridos.
Após a 29ª rodada, as partidas realizadas em São Paulo tinham um público médio inferior a 7.000 pagantes.
Quem chega mais perto do fracasso paulista é o futebol do Rio, que também vai mal. Segundo o levantamento da CBF, os grandes cariocas levam, em média, menos de 8.000 fãs aos estádios do Maracanã e de São Januário.


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