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São Paulo, domingo, 09 de novembro de 2003

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Corinthians pega o Goiás sem rumo e sem pontaria

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem motivação, sem objetivos, sem perspectivas e sem pontaria.
É assim que o Corinthians entra no gramado do Pacaembu, hoje, às 18h, para enfrentar um Goiás embalado pela melhor campanha da segunda metade do Brasileiro, na luta por uma vaga na Libertadores de 2004 e na iminência de ter seu principal goleador, Dimba, como o novo recordista de gols numa mesma edição do Nacional.
Com remotas chances de chegar ao torneio continental e pouco ameaçado pelo rebaixamento -precisa de seis pontos para matematicamente se garantir na Série A em 2004-, o Corinthians demonstra falta de motivação para o fim do torneio. "Temos que tentar sair dessa crise, aproveitar para se firmar na equipe e pensar no ano que vem", afirma o lateral-esquerdo Moreno, que ganhou a vaga do titular Vinícius.
"Essa experiência que o Corinthians está passando vai servir para o ano que vem", analisa Gil.
"A motivação tem que existir. A gente tem que pensar que estamos vestindo a camisa do Corinthians, de um grande clube", afirma o zagueiro Anderson.
Se os atletas já adotam o discurso de "pensar no ano que vem", o futebol apresentado nos últimos jogos também demonstra que o time "jogou a toalha" no torneio.
O Corinthians, segundo levantamento do Datafolha, não consegue acertar o gol adversário há 116 minutos. Além de passar o jogo contra o Coritiba sem fazer uma finalização que ameaçasse o goleiro rival, a equipe está sem arrematar a gol desde os 19min do segundo tempo contra o Santos. Para piorar, o autor da última tentativa correta está ausente hoje: o lateral-direito Coelho, suspenso.
Para tentar corrigir esse defeito, anteontem o técnico Juninho promoveu um treino tático específico para o ataque, com uma certa dose facilidade. Na metade de um campo, os jogadores de linha -exceto os dois zagueiros- se posicionavam conforme sua função e simulavam um ataque.
O detalhe é que não havia defesa adversária, mas apenas um goleiro. Juninho gritava com seus comandados como se estivessem enfrentando uma defesa de verdade: "Gil, puxa a marcação. Moreno, passa para receber".
O resultado, mesmo sem um setor defensivo adversário para atrapalhar, não foi dos mais satisfatórios para o técnico. Muitas das tentativas foram para fora ou pararam nas mãos dos goleiros -Doni começou o treino, e depois foi substituído por Jonatas.
"Falei com eles que não pode ser assim. O gol é até circunstancial, mas tem que pelo menos acertar o chute", disse Juninho, frustrado com o aproveitamento de seus atletas no treinamento.
No Goiás, invicto há seis jogos, a única dúvida na escalação está na lateral direita. O técnico Cuca não definiu se colocará Cléber, que atuou nas duas últimas partidas, ou Gustavo, que ficou afastado por cerca de 15 dias devido a uma lesão no tornozelo.


Colaborou a Agência Folha

NA TV - Sportv (menos para São Paulo e RS), ao vivo, às 18h



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