São Paulo, quinta-feira, 09 de novembro de 2006

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duro na queda

São Paulo "invencível" pega Botafogo

Equipe, que joga para ampliar vantagem sobre o Inter, é a que menos perdeu na era de pontos corridos do Brasileiro

Para prosseguir com folga na ponta, time relembra conquista do Mundial em busca de energia positiva na reta decisiva do torneio

TONI ASSIS
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Um time que é o mais difícil de ser derrotado na era por pontos corridos do Brasileiro e que também pode ser o mais sólido da história do clube na competição. E a lembrança do título mundial conquistado há quase um ano no Japão.
Somando esses dois fatores, o São Paulo chega para enfrentar o Botafogo hoje, às 20h30, no Morumbi, com a missão de ampliar a vantagem que tem para o Internacional -quatro pontos após o empate do time gaúcho com o Santos ontem.
Para enfrentar os cariocas, que sonham em competir na Libertadores-2007, o cartão de visitas são-paulino é a confiabilidade: de 33 jogos, o time só perdeu quatro, ou 12% deles.
Nenhuma das quase cem campanhas na era dos pontos corridos no Brasileiro teve um número de derrotas tão pequeno. Quem chega mais perto é o Cruzeiro de 2003, que perdeu 17% dos jogos que fez.
A última derrota pelo torneio aconteceu no dia 24 de setembro, 3 a 1 para o Palmeiras.
Se permanecer invicto nas cinco rodadas que restam, o São Paulo vai fazer em 2006 o seu Nacional em que a derrota menos apareceu no trajeto da equipe. O recorde pertence à campanha de 1975, com 10,7%. Agora, pode ficar em 10,5%.
Mas, para manter essa precisão "cirúrgica" de não cair ante os inimigos, é na conquista do Mundial de Clubes, em dezembro passado, que o técnico Muricy Ramalho e a comissão técnica são-paulina estão buscando combustível extra.
"A gente conversa isso [o título sobre o Liverpool, no Japão] sempre. Título nos dá dinheiro, prestígio, fama, tranqüilidade, faz bem à auto-estima. Vou dizer uma coisa: ganhar o Mundial foi a maior alegria da minha carreira ", disse o zagueiro Fabão, que atua também como conselheiro.
"Jogo com atletas [Ilsinho, Miranda e André Dias] que não estavam aqui no ano passado e passo muita confiança para eles. E falta tão pouco que temos que mentalizar o que ganhamos em 2005 como energia positiva", completou o titular do miolo da defesa são-paulina.
O trabalho psicológico não se restringe somente a ele. Segundo Fabão, Rogério, Mineiro, Júnior, Souza e Aloísio se encarregam de manter o time ligado. "Posso falar uma coisa com certeza. O São Paulo hoje é uma família. Todo mundo se ajuda, e, como temos um time que ganhou tudo no ano passado, isso tem de ser lembrado."
Do time campeão mundial em 2005, somente Cicinho, Lugano e Amoroso não estão mais no Morumbi. E a base mantida pelo clube pode fazer a diferença, segundo o zagueiro.
"Se a gente ganhar, vai ser como a Libertadores. Eu não tenho esse título. O Rogério não tem esse título [só o reserva Alex Dias tem um Brasileiro no currículo]. E, como o São Paulo não vence há muito tempo [desde 1991], vai ter a mesma importância de uma Libertadores. É só ver a dedicação da torcida", disse Fabão.
Embalo à parte, uma pequena escrita move o São Paulo nos três jogos que faz em casa até o final. No primeiro turno, Botafogo, Atlético-PR e Cruzeiro ficaram no empate jogando em casa contra o time paulista.
Para Muricy, esse tipo de análise não deve ser levado em conta. "Temos que ver o momento, e o momento é o Botafogo. O Cuca vem fazendo um grande trabalho, e vamos tentar superá-lo", falou ele.


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