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sofrido
"Gelado", São Paulo vence na emoção
Time de Muricy Ramalho, normalmente pragmático, consegue uma vitória dramática no Canindé nos minutos finais
Portuguesa 2
São Paulo 3
MARIANA BASTOS
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A fórmula para o triunfo foi
ensaiada durante a semana.
Pragmatismo: jogar fechado e
apostar nas bolas altas. Mas,
em uma partida com muitas variantes, a vitória do São Paulo
veio no final, com disposição e
também um pouco de sorte.
Com o gol decisivo aos 43min
do segundo tempo, o resultado
foi festejado pela torcida são-paulina. Afinal, o São Paulo ampliou a vantagem na liderança.
Com 65 pontos, não pode mais
ser alcançado por Palmeiras e
Grêmio, que se pegam hoje.
Já a Portuguesa, com 36 pontos, caiu para a 18ª posição e
voltou à zona de rebaixamento.
Herói do dia, Borges tornou-se o artilheiro do São Paulo no
Brasileiro, ao lado de Hugo,
com 11 gols. Ainda tocou a bola
no último gol, após cabeceio de
Zé Luis. "Pedi ao quarto árbitro
que desse o gol para o Borges,
pois ele é quem é o atacante",
afirmou o volante.
"É um time de guerreiros. Foi
um jogo difícil", avaliou Borges.
Para vencer, o São Paulo não
jogou como um time dominante. Pelo contrário, desde o início, deu maior posse de bola e o
campo para a Portuguesa atacar mais. Mas, na hora de sair
para o jogo, tinha um Hernanes, volante adaptado como
meia, inspirado. Só não fez gol.
Foi em um lance de Hernanes que o time abriu o placar.
Ele sofreu falta na intermediária, após driblar adversário. Aos
8min, Jorge Wagner cobrou, o
goleiro Gottardi deu rebote para o meio da área, e Borges
completou para as redes: 1 a 0.
Após o gol, o São Paulo recuou e cedeu espaço no meio.
Ao lado do campo, irritado, o
técnico Muricy Ramalho distribuía broncas. Reclamou dos erros de passe de Jorge Wagner,
do posicionamento da zaga, da
liberdade para Edno e das conclusões dos contra-ataques.
Com razão. As tabelas do trio
ofensivo da Lusa deixavam o time da casa próximo do gol.
E foi em uma troca de passes
que o atacante Jonas recebeu
na entrada da área, driblou André Dias e chutou no canto para
empatar o jogo, aos 42min.
Demorou pouco para o São
Paulo retomar uma bola no
meio e armar tabela na área.
Aos 46min, Borges tocou para
Dagoberto, recebeu de volta e
chutou forte para desempatar.
As broncas de Muricy podem
até ter se repetido no vestiário,
mas não resultaram em mudanças no São Paulo.
A Portuguesa voltou pressionando o São Paulo, cada vez
mais recuado. Não chegou logo
ao gol, mas deixava claros os espaços na defesa adversária.
Devido a Hernanes o time
reagiu. Tanto que foi em passe
dele que Rodrigo entrou na cara do gol e foi derrubado pelo
goleiro Gottardi. O árbitro Wilson Seneme não deu o pênalti.
Sem ter conseguido decidir o
jogo, o São Paulo sofreu o empate. Pela direita, Fellype Gabriel cruzou, e Jonas, livre,
marcou de cabeça, aos 26min.
Mas, após o gol, Muricy Ramalho fez uma substituição
ofensiva ao botar Éder Luis. Já
o técnico da Lusa, Estevam
Soares, tirou Fellype Gabriel.
O São Paulo voltou a atacar,
usando bolas altas. Aos 43min,
um escanteio encontrou a cabeça de Zé Luis e depois resvalou em Borges, já na linha: 3 a 2.
"O 2 a 2 seria o resultado
mais justo, pois as duas equipes
jogaram de igual para igual",
queixou-se Jonas.
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