São Paulo, quinta-feira, 09 de dezembro de 2010

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Países que têm conflitos usam mais o esporte

DE SÃO PAULO

Se o uso do futebol por políticos é realidade em várias partes do mundo, esse cenário se acentua em países que vivenciam conflitos -religiosos, raciais ou crises de poder.
É o que mostram alguns casos relatados pelo livro "Como o futebol explica o mundo", do escritor americano Franklin Foer.
Um dos casos contados por Foer é o jogo clássico entre Glasgow Rangers e Celtic, na Escócia.
O primeiro time é dos protestantes e, portanto, apoia o domínio do império britânico no país. O segundo é dos católicos, o que o torna contrário à ligação com a Inglaterra.
Um dos gritos mais leves dos torcedores do Glasgow é o hino inglês. Eles usam camisas laranjas, em referências a Guilherme de Orange, figura central do domínio inglês sobre a Escócia.
No Irã, o futebol já era instrumento político bem antes do conservador Mahmoud Ahmadinejad.
Quando o reformista, Mohammad Khatani era presidente, em 1997, a seleção iraniana classificou-se à Copa-98. Era o primeiro time local que tinha um técnico estrangeiro, o brasileiro Valdeir Vieira.
A festa da classificação teve bebidas alcoólicas e dança, proibidas em público. E a volta da seleção ao país teve de ser retardada para serenar os ânimos.
Na década de 20, antes da Segunda Guerra, um time só de judeus, Hakoah, ganhou o campeonato Austríaco. Gerou ondas de antissemitismo e também de orgulho judeu.


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