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Foco
Cartão-postal dos Jogos de Pequim, Ninho de Pássaro vive dias de esquecimento
Andy Wong/Associated Press
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Vazia, bilheteria do Ninho de Pássaro aguarda chegada de turistas, em sua maioria chineses, que fazem tour pelo estádio
DA REPORTAGEM LOCAL
Menos de cinco meses após
a festa de encerramento, o estádio Ninho de Pássaro corre
risco de se tornar o maior mico da Olimpíada de Pequim.
O local, que serviu de palco
para três recordes mundiais
do jamaicano Usain Bolt (100
m, 200 m e 4 x 100 m) e as façanhas da russa Ielena Isinbaieva (salto com vara), está
longe de seus dias gloriosos.
Hoje, o Ninho de Pássaro é
usado só em excursões de turistas -a maioria de chineses- que passeiam por suas
instalações pagando um ingresso de US$ 7, valor alto para os padrões locais. Mesmo
assim, a arena atrai diariamente cerca de 10 mil pessoas.
Outra forma de arrecadação
é a loja de souvenires. Seus
preços, porém, são salgados.
Uma réplica do estádio sai por
US$ 700, e um kit da tocha
olímpica é vendido a US$ 430.
A arena, que custou US$
450 milhões, não tem evento
programado até 8 de agosto,
marco de um ano do início da
Olimpíada-08. Nesta data está
agendada apresentação de
"Turandot", ópera de Giacomo Puccini, que terá a direção
do cineasta Zhang Yimou, diretor de filmes como "O Clã
das Adagas Voadoras" e responsável pelo espetáculo da
festa de abertura dos Jogos.
Havia promessa, não concretizada, de utilização do espaço para eventos oficiais de
atletismo. Porém, nenhuma
prova será realizada lá nesta
temporada. O GP da China,
que faz parte do calendário da
Iaaf (entidade que comanda o
atletismo) será em Xangai.
A falta de atividades marcadas para o local já é motivo de
preocupação para o Citic
(Consórcio de Operações do
Estádio, na sigla em inglês),
que administra o espaço.
De acordo com a empresa, o
Ninho de Pássaro tem condições de arrecadar cerca de
US$ 30 milhões por ano com
eventos, mas avalia que essa é
uma estimativa "otimista".
Essa preocupação parece
passar longe de quem visita as
instalações. "Não sei quais são
os planos para o estádio, mas
acredito que haverá muita
cultura e esporte aqui", comentou o turista Gao Yunfei.
Ao saber que não havia nada
marcado na arena até agosto,
o chinês esboçou preocupação. "Seria um desperdício."
Com agências internacionais
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