UOL


São Paulo, segunda-feira, 10 de fevereiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TÊNIS

Gustavo Kuerten e Flávio Saretta perdem seus jogos, e Suécia elimina equipe brasileira ao vencer confronto por 3 a 2

Brasil desperdiça 2 chances e cai na Davis

FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A HELSINBORG

O Brasil desperdiçou duas chances ontem em Helsinborg e segue sem vencer fora de casa em um piso diferente do saibro pelo Grupo Mundial da Copa Davis.
Gustavo Kuerten foi derrotado por Jonas Bjorkman por 3 a 2 (6/4, 6/4, 4/6, 4/6 e 6/1) na primeiro partida do dia e, na sequência, Flávio Saretta, que substituiu André Sá, perdeu para Andreas Vinciguerra por 3 a 0 (6/1, 7/5 e 6/3).
Com as duas vitórias, a Suécia venceu o primeiro confronto entre os dois países por 3 a 2.
Com o resultado, já são seis as oportunidades em que os brasileiros atuaram no carpete como visitantes na principal competição entre países do tênis desde o advento de um grupo de elite, em 1981, sem nenhuma vitória.
O único triunfo do Brasil fora de casa aconteceu em 1999, quando a Espanha escolheu o saibro.
Apesar de atuar como visitante, em um piso que não é o seu preferido e contra um rival de tradição -a Suécia tem sete títulos na Copa Davis-, o Brasil teve a oportunidade de enfrentar uma equipe que estava sem sua força máxima.
Thomas Johansson, campeão do Aberto da Austrália-2002, ficou de fora da convocação por causa de uma contusão.
Durante os treinos para o confronto, o capitão sueco, Mats Wilander, perdeu Thomas Enqvist, seu tenista mais bem colocado no ranking de entradas (43º lugar).
Com isso, foi obrigado a escalar Vinciguerra, o 118º do mundo, para disputar os jogos de simples.
Wilander já havia dito que a estratégia sueca estava concentrada na disputa de duplas e nos jogos contra o número dois do Brasil.
Como os brasileiros haviam conseguido furar o planejamento do capitão rival ao vencer a parceria no sábado, Wilander havia dito antes dos jogos de ontem que a Suécia tinha cerca de 30% de chance de ganhar o confronto.
Os próprios brasileiros achavam que a disputa poderia ser definida com a vitória de Guga.
Mas o tenista Jonas Bjorkman, 30, que havia disputado dez sets nos dois primeiros dias do duelo contra oito do brasileiro, conseguiu sua segunda vitória contra Kuerten em três partidas.
"A partida foi difícil. Saí atrás o tempo todo e me desgastei o dobro", disse Guga, que perdeu os dois primeiros sets. O brasileiro conseguiu se recuperar e empatou a partida em 2 a 2, mas na parcial decisiva venceu só um game.
Com a derrota, o Brasil escalou Flávio Saretta, que só havia jogado na Copa Davis para cumprir tabela, para definir o confronto.
Saretta acabou derrotado por Vinciguerra, que tinha duas vitórias e duas derrotas na Davis.
"Senti um pouco mais a pressão hoje do que em qualquer outro torneio", disse Saretta.
Com a derrota, o próximo rival do Brasil na Davis sai da segunda rodada das zonais mundiais, que acontecem de 4 a 6 de abril.
Para se manter na elite da Davis, onde está ininterruptamente desde 1997, o Brasil precisa vencer a repescagem, que será disputada entre os dias 19 e 21 de setembro.



Texto Anterior: Futebol - José Geraldo Couto: O vexame da vez
Próximo Texto: Perfil: Herói de triunfo da Suécia quer "fugir" do país
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.