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AÇÃO
Um swell atrás do outro
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
Ao contrário do que vinha
acontecendo em anos anteriores, a temporada de ondas
grandes no hemisfério norte não
vai acabar com a chegada de
março e também não se restringe
ao Havaí e à Califórnia. E o swell,
que já havia sido farto desde novembro, deve continuar a romper
barreiras. Com isso, os organizadores do Billabong XXL Big Wave
Award, torneio que premia o surfista que dropar a maior onda do
ano e que termina oficialmente
no próximo dia 30, terão que ralar sobre evidências fotográficas
que indicarão quem será o merecedor do caneco este ano.
A mesa da diretoria do torneio
já está repleta de fotos, e pelo menos meia dúzia delas mostram
drops em ondas de 60 a 75 pés de
face. O dia que mais produziu inscrições até agora foi 15 de dezembro, em Jaws, palco da onda vencedora de 2004, quando Pete Cabrinha dropou 70 pés e embolsou
US$ 70 mil. Este ano, Cheyne Horan, Makua Rothman, Laird Hamilton, Pete Cabrinha e os brasileiros Carlos Burle, Haroldo Ambrosio e Jorge Pacelli, este fazendo
uma volta triunfal ao big surfe,
estão entre os candidatos ao título que premiará com US$ 60 mil o
surfista campeão (se a onda tiver
mais que 60 pés, soma-se à bolsa
mais US$ 1.000 por pé surfado).
Mas a boa novidade é que picos
até então virgens de ondas grandes também renderam frutos. Em
Portugal, mais exatamente em
Cascais, o local Tiago Pires ainda
está em estado de graça porque
foi rebocado, em janeiro, para
dentro de uma onda de 25 pés.
Para registro, foi essa a primeira
vez que o verdadeiro tow-in foi
praticado na terrinha. Além dos
picos usuais tem também bons
drops vindos da África do Sul, do
Chile, do Taiti e da Costa Basca.
Serão também merecedores de
glória para os organizadores do
XXL o rapaz e a moça (porque este ano existe um prêmio para mulheres) que conseguirem entrar
no braço na maior onda (o Paddle-in Award), e o que pegar o
maior tubo da temporada, categorias nas quais Eraldo Gueiros
está competindo.
E, se não bastasse a dificuldade
para definir um vencedor com diferenças de um ou dois pés em ondas com mais de 50, novas inscrições devem estar a caminho. Segundo as bóias de controle marítimo, um novo swell se direciona
ao Havaí, que nesta semana já teve a baía de Waimea fechando, e
à costa oeste americana. Ondas
com 30 pés e intervalo de 20 segundos, que chegam com o dobro
de tamanho à costa, são esperadas entre amanhã e domingo.
E, na semana passada, um dia
depois do encerramento oficial do
período de espera, que foi prorrogado devido às boas condições,
aconteceu o Maverick's Surf Contest. O mar estava nervoso, totalmente surfável, e mais de 10 mil
espectadores aglomeraram-se no
cliff para testemunhar os drops.
Na água, 28 surfistas convidados
davam seu show em ondas de 20
pés. No final do dia, a vitória ficou com Anthony Tashnick, 20,
pupilo de Flea Virostko. O segundo lugar, com Greg Long.
Quem quiser dar uma olhada
nas imagens que concorrem ao
XXL, basta visitar o www.BillabongXXL.com.
Mundial de surfe - WCT
Mesmo com ondas de tamanho e formação favoráveis em Snapper
Rocks (Austrália), nenhum brasileiro foi além do 17º lugar na prova
inaugural da temporada. Mick Fanning venceu, e o estreante Chris
Ward, com direito à única nota 10 da prova, ficou em segundo.
Grom search
O local do Guarujá Wesley Moraes e Bruna Schimtz (PR) venceram o
circuito da Rip Curl para atletas de até 16 anos. Garantiram vaga para
o Mundial da categoria na Austrália e um mês de intercâmbio.
Copa do Mundo de snowboard
Isabel Clark ficou em 15º lugar na etapa de Lake Placid (EUA) e garantiu a vaga para os Jogos de Turim 2006.
E-mail sarli@trip.com.br
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