PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez desde a troca de técnicos, o Palmeiras poderá jogar sem antes ter passado pelo divã para subir a auto-estima.
Contra o Deportivo Táchira (VEN), às 19h, no Parque Antarctica, pela Taça Libertadores, o time vai a campo sem o "complexo de vira-lata" que o acompanhava desde o ano passado. O clube volta as atenções para o campeonato mais importante da temporada em seu melhor momento psicológico desde a chegada de Candinho, há quase um mês.
A avaliação é do próprio treinador. "Está havendo uma evolução acentuada. Psicologicamente melhorou muito", elogia Candinho, que vê nisso a razão para a melhora técnica. "O time erra menos, e o espírito de luta aumentou. E o estado psicológico é superimportante em qualquer atividade. Ainda mais no futebol."
Tudo isso, afirmam os palmeirenses, graças ao Santos. Ou melhor, à vitória sobre o rival.
Depois de vencer o clássico do último domingo por incontestáveis 3 a 1 -com direito a atuação destacada do goleiro Marcos-, os atletas dizem ter conseguido uma tranqüilidade que não havia desde o início desta temporada.
"A motivação aumentou", opina o zagueiro Nen, que no clássico teve a responsabilidade de marcar o atacante Robinho. "Eles não têm o Robinho, mas acho que haverá outros bons jogadores."
O Palmeiras, que chegou a ficar seis partidas sem triunfos, desde a chegada de Candinho disputou cinco jogos e só perdeu um -o da estréia, contra o São Paulo.
"Mas, se eu quisesse, poderia não ter ido para aquele clássico e agora estaria dizendo que estou invicto", relembra Candinho.
Uma vitória contra o time venezuelano não somente ajudará a manter a "evolução" do time, conforme aponta o treinador, como também dará ao Palmeiras a chance de liderar seu grupo, ponteado pelo adversário de hoje, que tem três pontos. O Palmeiras soma um ponto em uma partida.
Para o confronto, Magrão e Diego Souza, que estavam suspensos e não atuaram no clássico, retornam ao time. Com isso, Candinho escalará pela terceira vez sua formação ideal.