São Paulo, segunda-feira, 10 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ontem, na Vila Belmiro

Pênalti polêmico salva o Santos

Com infração anotada por assistente, bicampeão assume o 12º lugar do Paulista ao derrotar o Noroeste

Santos 3
Noroeste 2

DA REPORTAGEM LOCAL

No começo, parecia fácil. O Santos abriu logo dois gols de vantagem e insinuou que seria tranqüilo encerrar a série invicta de sete jogos do Noroeste.
Mas o time de Bauru se recuperou na partida e saiu de campo atribuindo a derrota à arbitragem, que demorou para resolver assinalar o pênalti que decidiu o jogo a favor do Santos. A sorte logo sorriu para o time de Leão. O Noroeste mal havia visto a bola quando cedeu escanteio. Na cobrança, a bola sobrou para o zagueiro Betão. Ele nem chutou com tanta força, mas um desvio nas costas do zagueiro Bonfim traiu o goleiro Fabiano, que nada pôde fazer para evitar o gol inaugural do time da casa.
O tento elevou o contestado defensor santista -que já foi alvo de protestos com pichações nos muros do centro de treinamento duas vezes na temporada- à vice-artilharia do Santos no Estadual. Ele foi a dois gols, atrás apenas de Kléber Pereira, que ontem alcançou oito.
Com a vantagem, o time litorâneo passou a controlar o ritmo do jogo, atraindo o Noroeste para seu campo a fim de sair em contra-ataques. A estratégia funcionou, pois a zaga armada por Leão estava bastante segura -Fábio Costa praticamente não participava do jogo.
Aos 21min, a armadilha funcionou. Depois de o Noroeste perder a bola em seu campo de ataque, Molina foi acionado no meio. O colombiano notou arrancada de Kléber Pereira pela esquerda e deu um passe preciso. Tal como foi o arremate do artilheiro santista no cantinho, para ampliar a vantagem.
Mais tarde, ele teve boa oportunidade para marcar novamente, depois de passe do estreante Sebastián, mas errou.
Depois do segundo gol, o Santos passou por um momento de distração. E o Noroeste se aproveitou. Em boa trama pela direita, Edylton foi lançado nas costas de Carleto e cruzou na cabeça de Edno, que diminuiu a desvantagem do time de Bauru.
Nos minutos finais, os visitantes equilibraram a partida, aumentando o tempo de posse de bola explorando principalmente as laterais (no espaço às costas de Carleto, pela esquerda, e Adoniran, pela direita). Mesmo com a melhora, porém, não conseguiram criar oportunidades reais de empatar.
Já no segundo tempo, as chances surgiram. Antes mesmo de cinco minutos, o Noroeste levou perigo em dois chutes de fora da área, com Gilsinho e Edno, além de ter exigido de Fábio Costa uma intervenção decisiva, afastando o perigo com um soco na bola.
Aos 9min, a oportunidade foi aproveitada. Depois de escanteio, Leandrinho apareceu no primeiro pau e empatou o jogo.
A resposta santista veio em chute de fora da área de Rodrigo Souto, que rendeu escanteio ao Santos. Na cobrança, o Santos reclamou de pênalti por toque de mão na bola, que o juiz Guilherme Cereta demorou em conceder -e o fez só depois de consultar o auxiliar.
"O assistente indicou que foi pênalti [por toque de mão]. Trabalho em equipe. Assinalei e ponto final", disse após o jogo.
O lance revoltou os jogadores e o técnico do Noroeste, que foi expulso depois de Kléber Pereira converter a penalidade.
Os visitantes levaram algum tempo para serenar os ânimos e voltar a pensar em buscar o empate. E quando, enfim, voltaram a levar perigo, Leão neutralizou as investidas com a entrada do zagueiro Marcelo na vaga de Carleto. E o jogo foi até o fim com o Noroeste, em vão, atrás do terceiro gol.
O Santos volta a campo na quinta-feira, contra o Mirassol.


Texto Anterior: MotoGP: Stoner supera calouros e é 1º a ganhar corrida noturna
Próximo Texto: Democrata: Souto decidiu jogar, diz Leão
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.