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São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 2003

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FUTEBOL

Time, sensação da Libertadores, perde para o Paysandu em Belém e continua sem vitórias na competição nacional

Brasileiro se torna um fardo para o Santos

DA REPORTAGEM LOCAL

O time de melhor aproveitamento e maior saldo de gols na Taça Libertadores-2003 continua a decepcionar no Brasileiro.
De virada, o Santos perdeu ontem para o Paysandu, em Belém, por 2 a 1, e voltou a mostrar que não é o mesmo no Nacional.
Em três jogos no primeiro Brasileiro de pontos corridos da história, o time do técnico Emerson Leão acumula dois empates e uma derrota, o que significa um pífio aproveitamento de 22%, com apenas três gols marcados e quatro sofridos.
Já na competição internacional, ostenta uma performance de 87% e um saldo positivo de 13 gols.
"É difícil explicar, mas o Brasileiro é um torneio muito difícil", diz o capitão do Santos, Paulo Almeida sobre a diferença de performance da equipe nas duas competições que disputa.
Para os paraenses, que também fazem bom papel na Libertadores, o resultado de ontem significou a primeira vitória no Brasileiro.
O jogo, antecipado da quarta rodada da competição, não repetiu os acontecimentos do ano passado, quando jogadores santistas e o Leão foram agredidos pela polícia local.
No início do primeiro tempo, com Elano de volta ao meio-campo, o Santos ficava mais com a bola e praticamente não dava espaços ao time do Pará, que sofria com os dribles de Robinho, que não usou suas chuteiras laranjas, como mandou o técnico Leão.
Mas, com Ricardo Oliveira em noite pouco inspirada, não levava perigo maior ao gol rival.
À medida que o tempo passava, o domínio santista diminuía de intensidade, e o Paysandu partiu para o ataque também, mas, assim como rival, pouco finalizava.
Foi só a partir do avanço do adversário, com mais espaço, que o Santos conseguiu abrir o placar, aos 39min, depois que Robinho aproveitou sobra, na entrada da pequena área, para chutar cruzado e vazar Marcão.
Apesar do pífio desempenho de sua equipe na primeira etapa, Dario Pereyra, técnico do Paysandu, não fez substituições no intervalo.
A "teimosia" do treinador deu resultado logo. Aos 2min, Robson tentou chutar e não conseguiu. A bola sobrou para Wélber dentro da pequena área, que tocou para empatar o duelo.
Com o placar igualado, a partida voltou a ficar truncada e violenta -até os 20min da segunda etapa, o juiz já havia mostrado oito cartões amarelos e marcado mais de 40 infrações.
E era justamente nas cobranças de faltas que o Paysandu mais ameaçava, mas Fábio Costa, bem colocado, defendia sem problemas. O goleiro, entretanto, não foi capaz de salvar sua equipe em um contra-ataque paraense.
Depois de rápidas trocas de passes, a bola sobrou para Wélber, que livre, chutou forte, aos 31min, para marcar o gol da virada. Foi o quarto gol do jogador no Brasileiro-2003, o que o coloca como maior goleador do torneio.
"Tem coisa errada na nossa equipe, e precisamos corrigir para os próximos jogos", disse Fábio Costa, que também reclamou do estado do gramado.
O Santos volta a jogar pelo Brasileiro no próximo sábado, na Vila Belmiro, contra o Figueirense. Já o Paysandu enfrenta, em São Paulo, o Corinthians.


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