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FUTEBOL
Time, sensação da Libertadores, perde para o Paysandu em Belém e continua sem vitórias na competição nacional
Brasileiro se torna um fardo para o Santos
DA REPORTAGEM LOCAL
O time de melhor aproveitamento e maior saldo de gols na
Taça Libertadores-2003 continua
a decepcionar no Brasileiro.
De virada, o Santos perdeu ontem para o Paysandu, em Belém,
por 2 a 1, e voltou a mostrar que
não é o mesmo no Nacional.
Em três jogos no primeiro Brasileiro de pontos corridos da história, o time do técnico Emerson
Leão acumula dois empates e
uma derrota, o que significa um
pífio aproveitamento de 22%,
com apenas três gols marcados e
quatro sofridos.
Já na competição internacional,
ostenta uma performance de 87%
e um saldo positivo de 13 gols.
"É difícil explicar, mas o Brasileiro é um torneio muito difícil",
diz o capitão do Santos, Paulo Almeida sobre a diferença de performance da equipe nas duas
competições que disputa.
Para os paraenses, que também
fazem bom papel na Libertadores,
o resultado de ontem significou a
primeira vitória no Brasileiro.
O jogo, antecipado da quarta
rodada da competição, não repetiu os acontecimentos do ano passado, quando jogadores santistas
e o Leão foram agredidos pela polícia local.
No início do primeiro tempo,
com Elano de volta ao meio-campo, o Santos ficava mais com a bola e praticamente não dava espaços ao time do Pará, que sofria
com os dribles de Robinho, que
não usou suas chuteiras laranjas,
como mandou o técnico Leão.
Mas, com Ricardo Oliveira em
noite pouco inspirada, não levava
perigo maior ao gol rival.
À medida que o tempo passava,
o domínio santista diminuía de
intensidade, e o Paysandu partiu
para o ataque também, mas, assim como rival, pouco finalizava.
Foi só a partir do avanço do adversário, com mais espaço, que o
Santos conseguiu abrir o placar,
aos 39min, depois que Robinho
aproveitou sobra, na entrada da
pequena área, para chutar cruzado e vazar Marcão.
Apesar do pífio desempenho de
sua equipe na primeira etapa, Dario Pereyra, técnico do Paysandu,
não fez substituições no intervalo.
A "teimosia" do treinador deu
resultado logo. Aos 2min, Robson
tentou chutar e não conseguiu. A
bola sobrou para Wélber dentro
da pequena área, que tocou para
empatar o duelo.
Com o placar igualado, a partida voltou a ficar truncada e violenta -até os 20min da segunda
etapa, o juiz já havia mostrado oito cartões amarelos e marcado
mais de 40 infrações.
E era justamente nas cobranças
de faltas que o Paysandu mais
ameaçava, mas Fábio Costa, bem
colocado, defendia sem problemas. O goleiro, entretanto, não foi
capaz de salvar sua equipe em um
contra-ataque paraense.
Depois de rápidas trocas de passes, a bola sobrou para Wélber,
que livre, chutou forte, aos 31min,
para marcar o gol da virada. Foi o
quarto gol do jogador no Brasileiro-2003, o que o coloca como
maior goleador do torneio.
"Tem coisa errada na nossa
equipe, e precisamos corrigir para
os próximos jogos", disse Fábio
Costa, que também reclamou do
estado do gramado.
O Santos volta a jogar pelo Brasileiro no próximo sábado, na Vila Belmiro, contra o Figueirense.
Já o Paysandu enfrenta, em São
Paulo, o Corinthians.
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