DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O ex-presidente santista Milton Teixeira, 75, decidiu torcer pelo time quando levou uma bronca do pai, são-paulino, enquanto assistiam a um clássico. Hoje acompanha a gestão do filho Marcelo Teixeira no Santos.
Durante a presidência de Milton, em 1984, o Santos conquistou seu último Paulista. Após 22 anos, Marcelo tem a possibilidade de dedicar ao pai o título que prometeu conquistar.
"O futebol é a união da família", disse Milton em entrevista à Folha, concedida na chancelaria da Universidade Santa Cecília, de propriedade da família Teixeira.
Segundo ele, seu filho também é um apaixonado pelo clube e poderá fazer ainda mais pelo Santos, por ser jovem. Assim como o pai, Marcelo vai ao vestiário antes dos jogos e faz uma oração com os jogadores.
Apesar das semelhanças existentes entre pai e filho, elas não se estendem às equipes de 1984 e deste ano. A que conquistou o título em 84 era mais velha, já havia servido de base ao campeonato anterior e se destacou, principalmente, pelo ataque.
A atual equipe santista foi formada às pressas pelo treinador Vanderlei Luxemburgo, tem média de idade de 26 anos e seis meses e vem se destacando, neste ano, pela atuação da defesa. "Era mais clássico e menos porrada. Hoje é mais agressivo."
Para ele, o destaque daquele time foi Serginho Chulapa. "É uma pessoa fora do comum, sempre disposta a ajudar", disse o ex-presidente. "Luxemburgo é o responsável pelo progresso da equipe. Muito se deve a ele. Ele arma o time, faz suas exigências, não dá moleza aos concorrentes e é respeitado por todos." (MARIANA CAMPOS)


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