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São Paulo, sábado, 10 de maio de 2003

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Sem vídeo, Palmeiras busca 1ª vitória na B

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras será apresentado hoje a mais uma realidade da segunda divisão: na preleção antes da partida contra o Náutico não terá o habitual vídeo em que o treinador mostra a seus comandados como o adversário joga.
Também pudera, a Série B segue sem ser televisionada. Como nos anos 50, só assiste quem vai aos estádios. E o Palmeiras, por contenção de despesas, nem tem mandado seu espião, o auxiliar Fred Smania, observar os rivais.
"Temos algum conhecimento, mas será um jogo arriscado", comenta Jair Picerni sobre o fato. Já Alceu, meia adaptado para a zaga, consegue achar até vantagem nisso. "Podemos ser surpreendidos a qualquer momento. Por isso, seremos mais determinados."
As fontes dos palmeirenses foram Givanildo Oliveira, técnico demitido do Náutico, e o atacante Thiago Gentil, que atuou por lá em 2000 e 2001. O relatório do atacante foi: "O Kuki faz muitos gols, a torcida lota o estádio, mas cobra muito. Temos de segurar o jogo no início e esperar que os torcedores deles comecem a vaiar".
O estádio, no caso, é o Aflitos, nome que virou uma piada óbvia sendo cenário da Segundona.
Time que o Palmeiras não enfrenta desde 1994, o Náutico é, ao lado de Sport e Santa Cruz, um dos três clubes pernambucanos que amargam a Série B.
O técnico palmeirense, porém, tenta aliviar a apreensão. "A fase de agonia vai passar, e vamos ter um final feliz", promete Picerni.
Ele se refere à campanha de dois empates (Brasiliense e América-RN), à 19ª colocação, à falta de reforços, à saída de Zinho, à ameaça de aposentadoria de Adãozinho e a todos os "pepinos a cada dez minutos", como o treinador fala.
A aposta, outra vez, são os juniores. Vágner, autor de quatro gols nos últimos três jogos, é a maior esperança. Já Edmílson entra como meia de ligação no lugar do suspenso Anselmo. Alceu joga na zaga porque Daniel ainda não foi liberado pela CBF -mesma situação do lateral Lúcio.
O diretor Fernando Gonçalves chegou a afirmar que o Palmeiras não contratava porque seguia a receita santista de revelar atletas.
Mas os jovens valores do Parque Antarctica estão aquém dos da Vila Belmiro e jogam sob muita pressão. Uma derrota hoje piora ainda o clima -uma segunda lista de dispensa estaria pronta, com o zagueiro Denys a encabeçando.
A cobrança sobre os novatos vem até dos colegas mais experientes. "Se a molecada jogar bola, vencemos esse jogo", disse Magrão. Picerni é mais confiante: "Eles estão mais soltos".


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