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FUTEBOL
Técnico, que saiu por insistir no aproveitamento de Gabriel, revela que cúpula do São Paulo alegou "clima triste"
Oliveira confirma que caiu por desacato
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Oswaldo de Oliveira rompeu o
silêncio. Demitido há seis dias, o
ex-técnico do São Paulo declarou
que deixou o clube porque não
acatou as ordens da diretoria.
Segundo Oliveira, caso tivesse
atendido ao que queria Marcelo
Portugal Gouvêa e a cúpula são-paulina, não teria deixado de ser o
técnico do time do Morumbi.
"Ordem? Nunca acatei ordens
de ninguém. Se tivesse aceitado
ordens estaria no São Paulo até
hoje", contou Oliveira à Folha,
em entrevista por e-mail.
O treinador descontentou a direção porque desobedeceu ordem
de afastar Gabriel, como antecipou o Painel FC na quarta, e de
testar o zagueiro uruguaio Lugano no time titular. Gouvêa havia
proibido Oliveira de usar Gabriel
contra o Figueirense, na quinta
retrasada, e queria que ele testasse
Lugano, contratado pelo presidente sem consulta ao treinador.
O técnico não fez uma coisa
nem outra e ainda relacionou Gabriel para a concentração para
novo jogo contra o Figueirense,
no domingo passado. Na véspera,
à noite, foi mandado embora.
Segundo o treinador, o motivo
alegado pela direção do São Paulo
foi que ele e o elenco estavam tristes, o que Oliveira, 52, nega.
Ele também acha que a pressão
das organizadas, que costumavam hostilizá-lo durante as partidas, não teve influência na demissão. "Tenho carinho e respeito pelas torcidas de todos os times pelos quais passei. Não sou um profissional que se intimida com grito de torcida. O que levou o presidente a me demitir, e como ele foi
capaz de fazer isso, na calada da
noite, só ele pode responder. Respondo por mim, não pelos outros", desabafou.
Sobre o fato de ter ficado seis
dias sem se manifestar publicamente, disse que resolveu tirar
uns dias para descansar.
"Sempre procurei ser uma pessoa atenciosa e educada com as
pessoas e com a imprensa. Não
fujo disso, pois faz parte da minha
formação. Mas, depois do meu
desligamento do São Paulo, tirei
uns dias para ficar com a minha
família", completou o treinador,
cujo contrato com o clube terminava em 30 de junho -ele tem
dois meses de salários a receber.
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