EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

Dirigentes do CRB apontam, com orgulho, que o clube nunca foi rebaixado da Série B desde que começou a ser disputada. Somente o Ceará apresenta igual distinção.
Mas dentro de seus próprios domínios, a equipe é coadjuvante: de 96 para cá foi campeã estadual só uma vez, em 2002: resultado de um melhor investimento para a Série B.
"Há um investimento mais forte para a Série B [do que para o Estadual]", diz Wilton Figueroa, presidente do CRB, cujo departamento de futebol tem folha salarial entre R$ 65 mil e R$ 70 mil. "No Nacional há 40 clubes, 20 na Série A e 20 na Série B.
Com mais atletas no mercado, dá para reforçar mais [para a Série B]."
Já o atacante Júnior Amorim oferece outra justificativa. ""Para o Estadual não há patrocinadores [para o clube]. No caso do Brasileiro, eles aparecem."
A informação é confirmada pela diretoria, que afirma que negocia e que está próxima de fechar com dois patrocinadores.
A equipe treinou ontem no CT do Palmeiras, e o treinador Roberval Davino comparou o jogo de hoje ao duelo bíblico travado entre Davi e Golias. "Gostaria de pegar o Corinthians mais para a frente, e não logo na estréia", diz.