São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ATENAS 2004

Brasil já tem confirmados até agora 234 atletas em 25 modalidades, mais que os 230 previstos pelo comitê

Recorde na Vila supera otimismo do COB

DA REPORTAGEM LOCAL

A delegação brasileira em Atenas superou até o otimismo do Comitê Olímpico Brasileiro e já quebrou dois recordes. O país tem até agora 234 atletas confirmados nos Jogos e conseguiu se classificar em 25 modalidades.
Quando previu o número de brasileiros na Grécia, o COB havia "chutado alto": 230 nomes.
A Vila Olímpica pode ficar ainda mais apertada. Alguns esportes ainda não terminaram sua fase classificatória e, se o tênis confirmar participação, serão 26 modalidades representadas na Olimpíada. O recorde anterior era o de Sydney-2000, com duas a menos.
A maior delegação já enviada pelo Brasil desembarcou em Atlanta-1996, com 225 atletas.
Apesar desse incremento, o COB diz que não faltarão camas para os brasileiros na Vila.
"O nosso "chute" de 230 atletas foi só uma previsão inicial, serviu como uma referência. Por enquanto, temos 343 camas [para toda a delegação], o que é suficiente. O entra e sai da Vila facilita o xadrez da divisão de quartos", explicou Marcus Vinicius Freire, coordenador técnico do COB.
O aumento do número de atletas infla também a delegação de apoio. O Brasil pode levar o correspondente a 55% dos competidores em técnicos, médicos etc.
Uma reunião entre representantes dos comitês olímpicos nacionais no dia 23 de julho irá definir a configuração final da Vila.
"O recorde estava dentro do esperado. Contávamos com o futebol masculino, mas o aumento de credenciais de atletismo e natação mostra que o trabalho vem dando resultados", disse Freire.
A confirmação da maior delegação brasileira nos Jogos ocorreu com oito atletas garantindo vaga no Troféu Brasil de atletismo, que terminou no domingo em SP.
O judô ganhou mais uma atleta ontem. O Canadá não se inscreveu no meio-leve (até 52 kg), e a União Pan-Americana anunciou Fabiane Hukuda, 22, como herdeira da vaga. O Brasil havia ficado em quarto lugar no ranking continental da categoria -só os três primeiros se classificaram.
"Estou aliviada", afirmou a judoca, que, em 2000, viveu uma situação inversa à atual.
Ela era favorita para a seletiva brasileira, mas, há pouco mais de um mês do início de Sydney-2000, a Confederação Brasileira de Judô informou que por causa de mudanças de critérios da UPJ o país não teria vaga no meio-leve.
A delegação brasileira em Atenas ainda não está fechada.
Hoje, a Confederação Brasileira de Badminton espera a "segunda chamada" da Federação Internacional para os Jogos e torce para que o país herde alguma vaga.
"Às vezes, alguns países têm dificuldade de comprovar a nacionalidade de seus jogadores ou priorizam uma disputa [simples, duplas e duplas mistas] e deixam de inscrever seus atletas", disse o presidente da confederação, Luis Manoel da Fonseca Barreto.
Segundo ele, as maiores chances do Brasil estão com Guilherme Pardo, 67º no ranking mundial -29 atletas jogam simples. O Brasil nunca disputou badminton na história da Olimpíada.
O COB afirma que não recebeu nenhum documento oficial da federação internacional.
Há ainda chance no remo, no Pré-Olímpico Europeu, que começa no domingo, na Suíça. Gibran Vieira e Allan Bitencourt disputam o dois sem, e Marcelus Marcili e Alexandre Altair, o skiff duplo. E a equipe da natação também pode crescer. O Brasil disputa vagas de revezamento pelo ranking da Federação Internacional.


Texto Anterior: Palmeiras vê nova briga e aguarda pagamento para liberar Vágner
Próximo Texto: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.