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ATENAS 2004
Brasil já tem confirmados até agora 234 atletas em 25 modalidades, mais que os 230 previstos pelo comitê
Recorde na Vila supera otimismo do COB
DA REPORTAGEM LOCAL
A delegação brasileira em Atenas superou até o otimismo do
Comitê Olímpico Brasileiro e já
quebrou dois recordes. O país
tem até agora 234 atletas confirmados nos Jogos e conseguiu se
classificar em 25 modalidades.
Quando previu o número de
brasileiros na Grécia, o COB havia
"chutado alto": 230 nomes.
A Vila Olímpica pode ficar ainda mais apertada. Alguns esportes ainda não terminaram sua fase
classificatória e, se o tênis confirmar participação, serão 26 modalidades representadas na Olimpíada. O recorde anterior era o de
Sydney-2000, com duas a menos.
A maior delegação já enviada
pelo Brasil desembarcou em
Atlanta-1996, com 225 atletas.
Apesar desse incremento, o
COB diz que não faltarão camas
para os brasileiros na Vila.
"O nosso "chute" de 230 atletas
foi só uma previsão inicial, serviu
como uma referência. Por enquanto, temos 343 camas [para
toda a delegação], o que é suficiente. O entra e sai da Vila facilita
o xadrez da divisão de quartos",
explicou Marcus Vinicius Freire,
coordenador técnico do COB.
O aumento do número de atletas infla também a delegação de
apoio. O Brasil pode levar o correspondente a 55% dos competidores em técnicos, médicos etc.
Uma reunião entre representantes dos comitês olímpicos nacionais no dia 23 de julho irá definir a configuração final da Vila.
"O recorde estava dentro do esperado. Contávamos com o futebol masculino, mas o aumento de
credenciais de atletismo e natação
mostra que o trabalho vem dando
resultados", disse Freire.
A confirmação da maior delegação brasileira nos Jogos ocorreu
com oito atletas garantindo vaga
no Troféu Brasil de atletismo, que
terminou no domingo em SP.
O judô ganhou mais uma atleta
ontem. O Canadá não se inscreveu no meio-leve (até 52 kg), e a
União Pan-Americana anunciou
Fabiane Hukuda, 22, como herdeira da vaga. O Brasil havia ficado em quarto lugar no ranking
continental da categoria -só os
três primeiros se classificaram.
"Estou aliviada", afirmou a judoca, que, em 2000, viveu uma situação inversa à atual.
Ela era favorita para a seletiva
brasileira, mas, há pouco mais de
um mês do início de Sydney-2000,
a Confederação Brasileira de Judô
informou que por causa de mudanças de critérios da UPJ o país
não teria vaga no meio-leve.
A delegação brasileira em Atenas ainda não está fechada.
Hoje, a Confederação Brasileira
de Badminton espera a "segunda
chamada" da Federação Internacional para os Jogos e torce para
que o país herde alguma vaga.
"Às vezes, alguns países têm dificuldade de comprovar a nacionalidade de seus jogadores ou
priorizam uma disputa [simples,
duplas e duplas mistas] e deixam
de inscrever seus atletas", disse o
presidente da confederação, Luis
Manoel da Fonseca Barreto.
Segundo ele, as maiores chances
do Brasil estão com Guilherme
Pardo, 67º no ranking mundial
-29 atletas jogam simples. O
Brasil nunca disputou badminton
na história da Olimpíada.
O COB afirma que não recebeu
nenhum documento oficial da federação internacional.
Há ainda chance no remo, no
Pré-Olímpico Europeu, que começa no domingo, na Suíça. Gibran Vieira e Allan Bitencourt
disputam o dois sem, e Marcelus
Marcili e Alexandre Altair, o skiff
duplo. E a equipe da natação também pode crescer. O Brasil disputa vagas de revezamento pelo ranking da Federação Internacional.
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