São Paulo, domingo, 10 de junho de 2007

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Pela 9ª vez, Federer e Nadal decidem

Qualidade do confronto entre suíço e espanhol supera todas as grandes rivalidades das três últimas décadas do tênis

Número um tenta ganhar o Grand Slam que lhe falta, e vice-líder joga pelo tri no saibro de Roland Garros, que verá Guga entregar o troféu

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O suíço Roger Federer, 25, e o espanhol Rafael Nadal, 21, protagonizam hoje novo round de uma rivalidade quase toda erguida em momentos sublimes.
Em Roland Garros, eles fazem o 12º duelo oficial. Nove deles foram em finais, sendo que a de hoje é a terceira válida por Grand Slam. Nenhuma das grandes rivalidades do tênis nas últimas três décadas teve, no mesmo número de confrontos iniciais, tanta qualidade.
Das 12 vezes iniciais em que se enfrentaram, os americanos Andre Agassi e Pete Sampras só decidiram três torneios, sendo que só um da principal série do esporte, o Grand Slam. Ainda precisaram de cinco anos para acumular 12 duelos, dois a mais do que Federer e Nadal.
John McEnroe e Jimmy Connors, outros americanos, estiveram frente a frente em 34 oportunidades durante longos 14 anos. Só duas vezes foram em finais de Grand Slam.
Além da série dos quatro maiores torneios do tênis, o suíço e o espanhol acumulam cinco duelos em decisões de Masters Series, o segundo grupo de campeonatos mais importantes do tênis masculino.
Ainda fizeram duas semifinais, uma em Roland Garros. Só o primeiro duelo, em Miami-04, foi por rodadas iniciais.
E a rivalidade não está restrita a um tipo de piso. Eles já decidiram títulos no saibro (predomínio de Nadal), nas quadras duras (com equilíbrio) e até na grama de Wimbledon, em que Federer, o rei dessa superfície, prevaleceu, mas num jogo duro. No total, são sete vitórias do espanhol e quatro do suíço.
Hoje, como de costume, muita coisa está em jogo.
Nadal busca triunfar três vezes seguidas (o que não acontece há mais de 20 anos) e defende sua invencibilidade no saibro francês -ele nunca perdeu nas 20 vezes que entrou nas quadras de Roland Garros (foi campeão logo na primeira vez que disputou a competição).
Na oitava decisão seguida em um Grand Slam, Federer busca o torneio que lhe falta -nos outros três, acumula nove taças.
Rivais acirrados dentro da quadra, os duelistas do tênis atual trocam afagos fora dela.
"Federer é um jogador inacreditável", disse Nadal, que perdeu série invicta de quase 80 jogos no saibro na final do Masters Series de Hamburgo, justamente contra o suíço.
O respeito entre os dois é tão grande que Federer não repetiu o chavão típico do esporte, de que o rival não importa, ao responder se preferia encarar Nadal ou o sérvio Novak Djokovic, o oponente do espanhol nas semifinais. "Para ser honesto, eu preferiria Djokovic. Eu nunca perdi para ele, que nunca jogou uma final de Grand Slam. Então seria estúpido dizer que Nadal seria melhor", declarou.
Federer ou Nadal irá receber o troféu das mãos de Gustavo Kuerten, tricampeão de Roland Garros e que foi convidado pela organização para fazer a entrega do prêmio ao vencedor.

NA TV - Final de Roland Garros


ESPN, ao vivo, às 10h


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