São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 2008

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VÔLEI

Um adversário complicado

A Itália quase perdeu a vaga olímpica, mas se recuperou, ganhou moral e pode dar trabalho aos brasileiros

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

FOI DIFÍCIL, mas o principal rival do Brasil nos últimos 18 anos conseguiu se classificar para os Jogos de Pequim. A Itália, que perdeu a final da Olimpíada de Atenas para o Brasil, foi campeã invicta do Pré-olímpico do Japão.
Os italianos passaram por dois jogos dramáticos. Nos dois, o mesmo placar: vitória por 3 a 2. Um contra o Japão e outro contra a Argentina.
Uma derrota significaria não ir à Olimpíada, a vergonha para um time que é tricampeão mundial, atual vice-campeão olímpico e tem oito títulos da Liga. Na trajetória em busca da classificação, a Itália ganhou novo técnico, Andrea Anastasi, voltou a ter dois levantadores experientes (Vermiglio e Meoni), contou com o oposto Fei em grande forma, mas ainda sofreu com certa instabilidade, que quase fez o time perder a vaga olímpica.
O lado bom para os italianos é que os jogadores se uniram para evitar a tragédia. O resultado é que a equipe deve crescer muito em Pequim e será um rival complicado para o Brasil.
Pela tradição, os americanos e os italianos são os que têm mais chances de vencer a seleção brasileira.
Antes da Olimpíada, já vai ser possível ter uma noção melhor da força das seleções na Liga Mundial, que começa no sábado. O Brasil estréia contra a Sérvia, com dois jogos, no sábado e no domingo, no ginásio do Ibirapuera. Também estão nesse grupo França e Venezuela, do técnico Ricardo Navajas.
Bernardinho fará um rodízio de atletas na fase de classificação. A preocupação é com a recuperação de Rodrigão: Será que ele consegue ir a Pequim? Sem ele, os titulares são Gustavo e André Heller. As outras opções, Éder, Lucas e Sidão, têm pouca experiência na seleção.
A mesma situação se repete no levantamento: Bruninho é habilidoso, ousado e veloz, mas também tem pouco tempo de seleção. É um jogador com personalidade, mas será que se Marcelinho não estiver bem ou se machucar, ele segura a onda em uma Olimpíada?
São essas as interrogações que cercam o Brasil a menos de dois meses para os Jogos Olímpicos.

SURPRESAS JAPONESAS
Depois de 16 anos fora dos Jogos Olímpicos, os japoneses estão volta em Pequim. O time, que quase surpreendeu a Itália, conquistou a vaga da Ásia. A novidade é que o Japão está com uma equipe bem mais alta que seu padrão tradicional: entre os titulares, dois têm mais do que 2 metros de altura.

SEGREDINHOS
Na última semana, o técnico Zé Roberto não permitiu que jornalistas chineses filmassem o treinamento da seleção feminina no CT de Saquarema. A equipe já está nos EUA, onde amanhã disputa o primeiro, da série de três amistosos, contra o time norte-americano.


cidasan@uol.com.br

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