|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
Um adversário complicado
A Itália quase perdeu a vaga olímpica, mas se recuperou, ganhou moral e pode dar trabalho aos brasileiros
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
FOI DIFÍCIL, mas o principal rival do Brasil nos últimos 18
anos conseguiu se classificar
para os Jogos de Pequim. A Itália,
que perdeu a final da Olimpíada de
Atenas para o Brasil, foi campeã invicta do Pré-olímpico do Japão.
Os italianos passaram por dois jogos dramáticos. Nos dois, o mesmo
placar: vitória por 3 a 2. Um contra o
Japão e outro contra a Argentina.
Uma derrota significaria não ir à
Olimpíada, a vergonha para um time
que é tricampeão mundial, atual vice-campeão olímpico e tem oito títulos da Liga.
Na trajetória em busca da classificação, a Itália ganhou novo técnico,
Andrea Anastasi, voltou a ter dois levantadores experientes (Vermiglio e
Meoni), contou com o oposto Fei
em grande forma, mas ainda sofreu
com certa instabilidade, que quase
fez o time perder a vaga olímpica.
O lado bom para os italianos é que
os jogadores se uniram para evitar a
tragédia. O resultado é que a equipe
deve crescer muito em Pequim e será um rival complicado para o Brasil.
Pela tradição, os americanos e os italianos são os que têm mais chances
de vencer a seleção brasileira.
Antes da Olimpíada, já vai ser possível ter uma noção melhor da força
das seleções na Liga Mundial, que
começa no sábado. O Brasil estréia
contra a Sérvia, com dois jogos, no
sábado e no domingo, no ginásio do
Ibirapuera. Também estão nesse
grupo França e Venezuela, do técnico Ricardo Navajas.
Bernardinho fará um rodízio de
atletas na fase de classificação. A
preocupação é com a recuperação
de Rodrigão: Será que ele consegue
ir a Pequim? Sem ele, os titulares são
Gustavo e André Heller. As outras
opções, Éder, Lucas e Sidão, têm
pouca experiência na seleção.
A mesma situação se repete no levantamento: Bruninho é habilidoso,
ousado e veloz, mas também tem
pouco tempo de seleção. É um jogador com personalidade, mas será
que se Marcelinho não estiver bem
ou se machucar, ele segura a onda
em uma Olimpíada?
São essas as interrogações que
cercam o Brasil a menos de dois meses para os Jogos Olímpicos.
SURPRESAS JAPONESAS
Depois de 16 anos fora dos Jogos
Olímpicos, os japoneses estão volta
em Pequim. O time, que quase surpreendeu a Itália, conquistou a vaga da Ásia. A novidade é que o Japão está com uma equipe bem mais
alta que seu padrão tradicional: entre os titulares, dois têm mais do
que 2 metros de altura.
SEGREDINHOS
Na última semana, o técnico Zé
Roberto não permitiu que jornalistas chineses filmassem o treinamento da seleção feminina no CT
de Saquarema. A equipe já está nos
EUA, onde amanhã disputa o primeiro, da série de três amistosos,
contra o time norte-americano.
cidasan@uol.com.br
Texto Anterior: MotoGP: Jorge Lorenzo tem dedo operado Próximo Texto: José Roberto Torero: O Saci dá pé! Índice
|