São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2010

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Técnico minimiza a ausência de Pirlo

"Um jogador, por melhor que seja, não decide sozinho uma partida", diz Lippi, sobre a lesão do meia italiano

FÁBIO ZANINI
ENVIADO ESPECIAL A CENTURION

A contusão do meia Andrea Pirlo não é um problema tão grande quanto parece.
Foi essa a mensagem que Marcello Lippi, técnico da Itália, atual campeã mundial, tentou passar ontem em sua primeira entrevista após chegar à África do Sul.
"Um jogador, por melhor que seja, não decide sozinho uma partida", afirmou o treinador. "Haverá um jogador no lugar de Pirlo, seguramente. Com outras características, porque nenhum jogador é igual ao outro."
Para ilustrar sua teoria, Lippi recorreu ao exemplo de outras seleções. "A Argentina, tendo o melhor jogador do mundo [Messi], classificou-se no último jogo. Portugal, tendo Cristiano Ronaldo, também teve dificuldades."
Pirlo, machucado na panturrilha, não deverá jogar as duas primeiras partidas, contra Paraguai (no dia 14) e Nova Zelândia (no dia 20). Mas há grande chance de estar liberado para a terceira, contra a Eslováquia (no dia 24).
Para Lippi, assim como a contusão de Pirlo não é o fim do mundo para a Itália, a de várias outras estrelas do Mundial, como Drogba (Costa do Marfim) e Ballack (Alemanha), não muda muito o planejamento das equipes. "Perde-se apenas um pouco do espetáculo."
A Itália realizou ontem seu primeiro treino, em Centurion, cidade entre Johannesburgo e Pretória, cercada por centenas de jornalistas.
Para o técnico, a expectativa em torno da equipe mudou muito desde 2006.
"Quando partimos do aeroporto de Malpensa [em Milão], havia umas 800 pessoas lá desejando boa sorte. Há quatro anos, havia só uma."
Lippi admitiu não ter um goleador no time, mas lembrou que em 1982, antes da Copa da Espanha, também não havia -até surgir Paolo Rossi, carrasco do Brasil.
A equipe, segundo ele, vai se comportar nesta Copa como em eventos passados. Chega com grandes dúvidas sobre até onde vai avançar.
"A Itália nunca chega como um dos favoritos", disse. Os dois times com mais chances, para ele, são Brasil e Espanha. "Mas há outros que você deve colocar na lista", declarou, citando Inglaterra, Argentina e a própria Itália.


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