|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Técnico minimiza a ausência de Pirlo
"Um jogador, por melhor que seja, não decide sozinho uma partida", diz Lippi, sobre a lesão do meia italiano
FÁBIO ZANINI
ENVIADO ESPECIAL A CENTURION
A contusão do meia Andrea Pirlo não é um problema
tão grande quanto parece.
Foi essa a mensagem que
Marcello Lippi, técnico da
Itália, atual campeã mundial, tentou passar ontem em
sua primeira entrevista após
chegar à África do Sul.
"Um jogador, por melhor
que seja, não decide sozinho
uma partida", afirmou o treinador. "Haverá um jogador
no lugar de Pirlo, seguramente. Com outras características, porque nenhum jogador é igual ao outro."
Para ilustrar sua teoria,
Lippi recorreu ao exemplo de
outras seleções. "A Argentina, tendo o melhor jogador
do mundo [Messi], classificou-se no último jogo. Portugal, tendo Cristiano Ronaldo,
também teve dificuldades."
Pirlo, machucado na panturrilha, não deverá jogar as
duas primeiras partidas, contra Paraguai (no dia 14) e Nova Zelândia (no dia 20). Mas
há grande chance de estar liberado para a terceira, contra
a Eslováquia (no dia 24).
Para Lippi, assim como a
contusão de Pirlo não é o fim
do mundo para a Itália, a de
várias outras estrelas do
Mundial, como Drogba (Costa do Marfim) e Ballack (Alemanha), não muda muito o
planejamento das equipes.
"Perde-se apenas um pouco
do espetáculo."
A Itália realizou ontem seu
primeiro treino, em Centurion, cidade entre Johannesburgo e Pretória, cercada por
centenas de jornalistas.
Para o técnico, a expectativa em torno da equipe mudou muito desde 2006.
"Quando partimos do aeroporto de Malpensa [em Milão], havia umas 800 pessoas
lá desejando boa sorte. Há
quatro anos, havia só uma."
Lippi admitiu não ter um
goleador no time, mas lembrou que em 1982, antes da
Copa da Espanha, também
não havia -até surgir Paolo
Rossi, carrasco do Brasil.
A equipe, segundo ele, vai
se comportar nesta Copa como em eventos passados.
Chega com grandes dúvidas
sobre até onde vai avançar.
"A Itália nunca chega como um dos favoritos", disse.
Os dois times com mais chances, para ele, são Brasil e Espanha. "Mas há outros que
você deve colocar na lista",
declarou, citando Inglaterra,
Argentina e a própria Itália.
Texto Anterior: José Simão: Ueba! Força na vuvuzela! Próximo Texto: Cúpula da Fifa tenta barrar projeto que democratiza eleições Índice
|